O Partido Comunista Português (PCP) do Algarve disse esta terça-feira que os encerramentos das urgências de Ginecologia e Obstetrícia de Portimão e da Pediatria de Faro são “o resultado da cedência aos interesses dos grupos privados de saúde”, anunciou a Direção da Organização Regional do Algarve.
Para o partido, esta situação, que em Portimão se alargará até dia 20 deste mês “revela não só a ausência de medidas que garantam a atração e fixação de médicos e de outros profissionais de saúde no Serviço Nacional de Saúde (SNS)”, mas também “uma política que de forma indireta contribui para alimentar o negócio dos grupos económicos privados que lucram com a falta de resposta do SNS”.
“Ao contrário do que diz o Ministério da Saúde, o recurso em situações de urgência pediátrica apenas em Portimão, ou de urgência de ginecologia e obstetrícia apenas em Faro, não são solução. As crianças e os pais algarvios precisam de ter a segurança de que, em qualquer eventualidade, as portas da urgência não se encontram encerradas, nem a saúde e a vida são postos em causa”, acrescenta o partido.
O PCP relembra que há falta de profissionais de saúde em todo o Algarve, desde os cuidados primários, hospitais e cuidados continuados.
“É uma realidade que, pese embora as muitas promessas, não tem tido resposta. Ausência que é inseparável das opções de PS, PSD, CDS, Chega e IL de favorecimento dos grupos privados de saúde”, afirma.
O PCP exige que se tomem medidas urgentes com vista a garantir a atração e fixação de médicos, enfermeiros e outros profissionais de saúde, investindo nas suas carreiras e remunerações e combatendo o “assalto” que os hospitais e clínicas privadas estão a fazer aos profissionais do SNS.