PCP: Faleceu Firmino João Martins, comunista e resistente antifascista

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Firmino Martins, nascido em 1925, aderiu ao PCP no início dos anos 50 do século passado e destacou-se como militante comunista, tendo consagrado “o essencial da sua vida à luta em defesa dos interesses dos trabalhadores e do povo, contra o fascismo, pela liberdade e a democracia, pelo socialismo”, segundo pode ler-se na nota de pesar do partido.

Firmino Martins, foi revisor da CP, tendo aderido ao Sindicato dos Ferroviários em 1946, do qual foi dirigente. No seguimento da sua participação em lutas dos trabalhadores ferroviários, Firmino Martins foi perseguido pela PIDE e esteve preso na cadeia de Caxias na primeira metade da década de 50. A sua atividade sindical e as suas convicções e luta antifascista levaram a nova prisão, tendo estado na cadeia de Peniche entre março de 1964 e novembro de 1965.

Nas lutas dos trabalhadores Ferroviários em 1969, Firmino Martins foi preso novamente, no seguimento da luta da “Braçadeira Preta”, o que gerou uma enorme campanha de reclamação da sua libertação, que aconteceu um mês depois. Firmino Martins sai durante esse ano do País, em direção a França onde ficaria até meados de abril de 1974. Regressado a Portugal e já em liberdade, Firmino Martins participa nas lutas sindicais de então, nomeadamente na ocupação da sede do Sindicato e destituição da direção fascista e depois do processo de reestruturação dos 7 sindicatos nacionais em 3 (Norte, Centro e Sul).

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No seguimento deste processo foi dirigente no Sindicato dos Ferroviários do Centro. Ainda em 1974 fez parte da delegação portuguesa à Conferência da Organização Internacional do Trabalho (OIT). No final dos anos 80 regressa a Albufeira, tendo sido membro da Comissão Concelhia de Albufeira do PCP entre 1996 e 2006.

Firmino Martins, era membro da União dos Resistentes Antifascistas Portugueses (URAP) e foi um lutador pela consagração do Museu Nacional Resistência e Liberdade que está hoje situado na antiga cadeia fascista do Forte de Peniche.

O PCP recorda a “sua dedicação e entrega na resistência ao fascismo, pela democracia e o socialismo”.

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