PCP questiona Governo sobre situação das Urgências de Loulé

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O Grupo Parlamentar do PCP questionou o Ministério da Saúde sobre a falta de médicos no Serviço de Urgência Básica (SUB) de Loulé.

Os comunistas querem saber quais as “medidas urgentes” que irão ser adotadas para garantir o normal funcionamento daquele SUB, bem como quais os motivos da não colocação, pelo Centro Hospitalar do Algarve, de profissionais de saúde (médicos, enfermeiros, assistentes técnicos e assistentes operacionais).

O PCP pretende, ainda, que o Governo explique “os motivos que levaram o Executivo a não equacionar uma solução para garantir que no SUB de Loulé haveria médicos suficientes para assegurar todos os turnos, quando, no dia 1 de abril, retirou os médicos cubanos dos serviços de urgência, e sabendo que a empresa de trabalho temporário não dispunha de médicos suficientes para assegurar todos os turnos do dia nesse serviço de urgência”.

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Outra das questões do PCP é qual o reforço de profissionais de saúde previsto para o SUB de Loulé nos meses de verão, de forma “a dar resposta a um acentuado aumento do número de utentes que recorrem a este serviço de urgência”.

Uma delegação do PCP esteve no SUB de Loulé no início de junho. Os comunistas recordam que nesse dia estava ao serviço apenas um médico, em vez dos dois previstos na escala de serviço, “com óbvios inconvenientes para os utentes, pois a sala de espera estava apinhada e o tempo de espera para o atendimento era de várias horas”.

Ontem, terça-feira, o SUB de Loulé esteve, outra vez, sem médico no início da manhã, funcionando depois apenas com um médico cedido pelo Centro de Saúde de Loulé. Hoje, a situação voltou a repetir-se.

Para poder deslocar um médico para o SUB, o Centro de Saúde de Loulé cancelou cerca de 20 consultas programadas, remarcando-as para finais de agosto e início de setembro.

De acordo com o PCP, o mapa de pessoal do SUB de Loulé contempla 11 médicos, 16 enfermeiros, seis assistentes técnicos e seis assistentes operacionais. Contudo, dispõe apenas de sete enfermeiros (mais dois cedidos pelo Centro de Saúde de Loulé desde o dia 1 de junho), dois assistentes técnicos e quatro assistentes operacionais.

Quanto ao pessoal médico, os turnos da noite são assegurados por profissionais do Centro de Saúde de Loulé (dois médicos por turno). Os turnos do dia (também com dois médicos) eram assegurados, até ao dia 1 de abril, por médicos cubanos e por empresas de trabalho temporário.

A partir dessa data, com a decisão do Governo de retirar os médicos cubanos dos serviços de urgência, os turnos do dia passaram a ser assegurados apenas por empresas de trabalho temporário, mas apenas de forma parcial.

De acordo com a informação recolhida pela delegação do PCP, o Centro Hospitalar do Algarve – que tem a responsabilidade pela gestão do SUB de Loulé – não colocou qualquer profissional de saúde no SUB de Loulé.

Os médicos do turno da noite, os enfermeiros, os assistentes técnicos e os assistentes operacionais pertencem todos ao mapa de pessoal do Centro de Saúde de Loulé, enquanto os médicos dos turnos do dia são colocados, com muitas falhas, por empresas de trabalho temporário.

 

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