O Pentágono exigiu aos responsáveis do site WikiLeaks que entreguem de imediato mais de 15 mil documentos sobre a guerra no Afeganistão que ainda não foram tornados públicos.
«Estamos a pedir-lhes para fazerem o que é correcto», disse o porta-voz militar norte-americano Geoff Morrell, citado pela Reuters.
O responsável sublinhou que as autoridades dos EUA esperam que os responsáveis do site «honrem» este pedido.
Segundo ele, o site divulgou “uma grande quantidade de documentos que ameaçam a segurança de nossas tropas, nossos aliados e cidadãos afegãos que estão trabalhando conosco para ajudar a levar a paz e a estabilidade para aquela parte do mundo”.
“O único procedimento aceitável que o Wikileaks pode tomar é o de devolver imediatamente todas as versões desses documentos ao governo norte-americano e apagar permanentemente os arquivos de seu site, computadores e registros”, completou Morrell.
Hoje, o Wikileaks colocou um enorme arquivo criptografado com o nome “Insurance” (Seguro) no site, o que deu início a novas especulações. Pessoas por trás da organização estariam preparadas para divulgar mais informações secretas se as autoridades interferirem nas suas atividades.
Internautas notaram que o arquivo é 20 vezes maior do que a série de 77 mil documentos militares secretos sobre o Afeganistão que o WikiLeaks divulgou na internet no mês passado. O site não fez comentários sobre o arquivo de 1.4 gigabyte. Em declarações ao programa de notícias independente Democracy Now!, o editor-chefe do WikiLeaks, Julian Assange, disse que era melhor “não comentar”.