Pescadores de Armação de Pêra sem perspetivas de futuro

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O encerramento da lota da Docapesca em Armação de Pêra, concelho de Silves, está a deixar no desespero dezenas de pescadores, que pretendem vender diretamente o pescado ao consumidor, mas são impedidos pelas autoridades.

Com a lota encerrada há mais de um mês (as mais próximas ficam em Albufeira e Portimão), os pescadores alegam que é muito difícil rentabilizar a atividade e escoar o peixe, uma situação que está a deixar muitos homens do mar numa “situação muito grave”.

Na semana passada, as autoridades apreenderam na praia daquela vila do concelho de Silves cerca de 20 quilos de pescado fresco diverso que estava a ser vendido ilegalmente por pescadores no areal.
A lei obriga a que a primeira venda de pescado fresco seja feita em lota, pelo que os infratores incorrem agora no pagamento de uma coima.

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Entretanto, o Bloco de Esquerda (BE) pediu esclarecimentos ao Governo sobre este assunto, temendo que o encerramento da Docapesca abra portas à privatização.

“O abandono destes pescadores, sem respostas para a sua atividade e para a sua vida, não se coaduna com a evidência da prioridade que deve ser dada às pescas na região do Algarve”, protestam os bloquistas.

No mesmo documento enviado ao Governo, o Bloco questiona que medidas serão tomadas no sentido de preservar estes profissionais e a sua atividade, nomeadamente “a criação de efetivas condições para a comercialização do pescado, que pode implicar o transporte adequado para outras lotas ou a criação das condições legais e materiais necessárias de venda fora das mesmas”.

JA
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