Petição para restaurar Freguesia de Estói já tem 2.000 assinaturas

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O escritor Luís Barriga anunciou que está a decorrer a petição online e em papel pela restauração da Freguesia de Estói, autarquia do concelho de Faro que foi anexada recentemente à freguesia de Conceição de Faro, tendo sido criada a União de Freguesias de Conceição e Estói.

Este movimento foi desencadeado por uma comunicação do escritor Luís Barriga, natural de Estoi, na sua página no Facebook, comunicação que suscitou uma enorme adesão e levou à criação do Grupo de Apoio à Restauração da Freguesia de Estoi, que “rapidamente atingiu mais de dois mil membros”, de acordo com o escritor.

Iniciou-se o processo de recolha de assinaturas, quer através da plataforma online, quer diretamente aos fregueses em papel, para solicitar a apreciação na Assembleia da República da restauração da freguesia.

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“Estoienses, e nesta designação englobo todos os que de alguma forma estão ligados a Estoi, comungam dos seus anseios e gostariam de a ver cultural e socialmente valorizada e sobretudo respeitada”, afirma Luís Barriga.

“Ao criar esta página de preservação e divulgação da Cultura e do Património da nossa Aldeia e extinta Freguesia de Estoi, pretendia manter vivo o nosso legado cultural e estimular o sentido de pertença de cada um de nós com os seus concidadãos Estoienses”, enuncia.

“A nossa Freguesia era desde a época quinhentista uma paróquia autónoma e orgulhosa das suas raízes. No entanto, as suas origens são ainda mais remotas, o seu património e as suas tradições culturais ainda mostram com clareza a influência que as grandes civilizações europeias tiveram na nossa cultura; nomeadamente a extraordinária manifestação do sentir dos Estoienses, que é a Festa da Pinha. Estoi merece pela sua história, pela sua cultura e pelo seu património, que preservamos orgulhosamente, maior respeito, para poder definir e estruturar a sua evolução, de forma independente como o fez ao longo dos séculos”, afirma o escritor.

Sustenta o subscritor que a extinção da freguesia configurou “uma enorme injustiça e desrespeito pela nossa identidade cultural e social, pode e deve ser revertida”.

“O governo atual abriu a possibilidade da restauração da nossa Freguesia, mas é preciso que nos unamos e façamos ouvir a nossa voz, junto de quem terá o poder de decisão: órgãos eleitos e partidos políticos; para que na hora da deliberação seja claro o que os estoienses desejam”, afirma.

“Chegou o momento de nos unirmos em torno do desígnio de Restauração da Freguesia de Estoi, independentemente das nossas diferenças. Esta luta não é contra ninguém, muito menos contra os nossos vizinhos da Conceição de Faro, com quem sempre tivemos e teremos as melhores relações, esta é uma luta derivada de um imperativo histórico, o da manutenção da nossa identidade. É preciso que os Estoienses digam claramente aos decisores que para nós é muito importante que se respeite o testemunho que os nossos antepassados nos transmitiram. Esse legado só está devidamente salvaguardado, quando os destinos da Freguesia de Estói estiverem unicamente nas mãos dos seus eleitores”, conclui.

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