A greve de dez dias efetuada pelos pilotos da TAP custou à empresa 35 milhões de euros, afirmou esta segunda-feira o ministro da Economia. Segundo Pires de Lima, aos “25 milhões de euros de receitas perdidas” há que somar “10 milhões de euros de despesas com dormidas, refeições e outras despesas de encaminhamento de passageiros”, pelo que “os danos pessoais e os prejuízos financeiros foram substanciais”.
Ainda assim, Pires de Lima sublinhou que “nunca uma greve da TAP teve uma adesão tão baixa”, convidando “cada um a tirar as devidas consequências” desta paralisação, que voltou a classificar de “irresponsável”.
“Cerca de 70% dos voos foram executados”, acrescentou o ministro da Economia, destacando o facto de “a maioria dos pilotos se ter afastado da posição do sindicato”.
Sobre a possibilidade de ser marcada uma nova greve, Pires de Lima frisou que a hipótese seria “totalmente impensável”: “não quero pensar nisso, não acredito”.
Questionado pelos jornalistas, o ministro afirmou desconhecer a eventual desistência de Pais do Amaral em relação à compra da TAP e remeteu para a próxima semana a apresentação pela empresa de um plano para “minimizar a fragilidade” e o impacto da greve na sua tesouraria. “A normalidade operacional regressará à TAP rapidamente. A confiança – que foi abalada – terá de ser paciente e gradualmente recuperada.”
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