PJ faz buscas na PT por suspeita de burla qualificada no caso Rioforte

ouvir notícia

A empresa liderada por João Mello Franco diz “estar tranquila” e disponível para colaborar com as autoridades

O Ministério Público já veio confirmar as buscas à sede da PT SGPS, avançando que está a ser coadjuvado pela Polícia Judiciária, a Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM) e Autoridade Tributária.

“Neste inquérito estão em causa suspeitas de participação económica em negócio e burla qualificada, investigando-se aplicações financeiras realizadas pela empresa”, revela a Procuradoria-Geral da República em comunicado. A empresa liderada por João Mello Franco diz “estar tranquila” e disponível para colaborar com as autoridades.

Em causa estará o investimento de 897 milhões de euros que a PT fez em papel comercial da Rioforte, empresa do Grupo Espírito Santo (GES), na altura o maior acionista da Portugal Telecom. As buscas terão sido feitas na sequência de queixas de acionistas da PT SGPS.

- Publicidade -

O Ministério Público diz que o inquériro se encontra em segredo de justiça. O inquérito está em investigação no Departamento Central de Investigação e Ação Penal (DCIAP).

A informação, avançada pelo “Observador”, revelava esta manhã que elementos da Polícia Judiciária estavam a fazer buscas na sede da PT SGPS, no edifício de Picoas, instalações partilhadas com a PT Portugal, hoje uma empresa da brasileira Oi.

A aplicação de 897 milhões de euros na Rioforte não foi reembolsada, e o incumprimento do GES levou a uma alteração dos termos da fusão entre a PT e a Oi, com os acionistas brasileiros a afirmar que desconheciam a existência deste investimento.

Quem sabia da Rioforte?

A polémica criada em torno deste investimento, que poderá levantar problemas de falhas de governação, já que se trata de um negócio entre partes relacionadas, levou a que fosse pedida uma auditoria à PricewaterhouseCoopers (PwC). A auditoria já está pronta há mais de um mês e ainda não foi entregue à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários.

A auditoria tinha como objetivo apurar responsabilidades e passar a pente fino os investimentos feitos pela PT em empresas do GES desde 2000. O relatório de PwC tem revelações escaldantes e que comprometem fortemente a administração de Zeinal Bava e Henrique Granadeiro, ao que apurou o Expresso. A grande questão é apurar quem foram os responsáveis pelo investimento ruinoso na Rioforte, e se isso é considerado gestão danosa.

RE

- Publicidade -

Deixe um comentário

+Notícias

Exclusivos

Deixe um comentário

Por favor digite o seu comentário!
Por favor, digite o seu nome

Este site utiliza o Akismet para reduzir spam. Fica a saber como são processados os dados dos comentários.