Alberto da Ponte, presidente do conselho de administração da RTP, disse ao Expresso que o que existe é “uma intenção” de um plano de reestruturação.
O plano de reestruturação da RTP “ainda não existe” e só quando estiver definido é que será apresentado às estruturas que representam os trabalhadores para discussão, disse hoje ao Expresso Alberto da Ponte, presidente do conselho de administração.
“O que há é uma intenção de um plano de reestruturação”, frisou. Alberto da Ponte adiantou que o Centro de Produção Norte não será extinto, desmentido assim notícias de hoje que davam conta do despedimento da totalidade dos funcionários do centro.
O “Diário Económico”, por exemplo, escrevia que iam ser despedidos 620 funcionários, dos quais 323 do Porto, o que significava que já teria de existir um plano. Quanto ao número de despedimentos no Porto, é “uma impossibilidade técnica já que implicaria fechar o centro de produção do norte”, como referiu Alberto da Ponte.
Privilegiar o diálogo
“Não há decisões tomadas, ainda nada está fechado. Vamos priveligiar o diálogo com as estruturas que representam os funcionários”, sublinhou Alberto da Ponte.
O presidente do Conselho de Administração adiantou que não há intenções de ‘rasgar’ o acordo da empresa com os trabalhadores. “Tudo o que faremos será negociado e preferimos que as rescisões sejam amigáveis.”
Tal como o Expresso noticiou ontem, a tutela disponibilizou uma verba de 42 milhões de euros para a reestruturação da RTP. Alberto da Ponte diz que esta verba não será só para rescisões.
A Comissão de Trabalhadores, que se reúne hoje à tarde, e os sindicatos vão apresentar questões à administração sobre a “reestruturação dolorosa” anunciada ontem pelo ministro Adjunto e dos Assuntos Parlamentare, Miguel Relvas, em entrevista à RTP.
As duas estruturas queixam-se de ainda não terem sido informadas de um plano de reestruturação para a empresa.
A haver plano, este “parte de uma base ilegal porque a administração teve reunões com a comissão de trabalhadores e sempre negou a existência”, disse ao Expresso Paulo Mendes, delegado sindical mandato para falar pelas 11 estruturas sindicais que representam os funcionários.