Polícia admite “elevado” potencial de alteração de ordem pública

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O comandante da Unidade Especial de Polícia (UEP), intendente Magina da Silva, admite que a cimeira da NATO terá “um “potencial elevado de alteração de ordem pública”, estando a PSP a preparar-se para esses cenários.

O Corpo de Intervenção (CI) da PSP é uma das subunidades da UEP que estará na “frente de combate”, adiantou.

Para Magina da Silva, a Cimeira da NATO, que decorrerá entre 19 e 20 de novembro, em Lisboa, “é um evento com um potencial de alteração de ordem pública elevado e é para esses cenários” que a Polícia de Segurança Pública (PSP) se está a preparar.

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O curso de ordem pública que começou a 20 de setembro e terminará na segunda semana de novembro é uma das iniciativas da PSP de preparação para a cimeira.

“É um curso de especialização base que permite o acesso ao CI. É uma formação de reposição de ordem pública quando ela está gravemente alterada”, explicou o comandante da UEP.

O curso está a decorrer nas instalações da UEP, em Belas, no concelho de Sintra, e conta com 70 polícias que pertenciam a diferentes comandos da PSP do país.

Para ingressar na formação, que lhes vai permitir um lugar no CI de Lisboa, os polícias submeteram-se a várias provas, como testes físicos e psicotécnicos.

Dos 500 inscritos, ficaram aptos 80, mas passadas duas semanas foram já 10 os que desistiram, explicou o diretor do curso e segundo comandante do CI, comissário Francisco Alves.

O curso para a integração de novos elementos no Corpo de Intervenção já estava previsto, mas a Cimeira da NATO acelerou o processo de autorização.

Justificando o curso, Magina da Silva adiantou que a Polícia está “recompletar os quadros do CI, que sofreu algumas reduções resultantes da natural rotação de pessoal na PSP”.

Tiro, instrução diurna, cenários noturnos e componentes física e técnica são algumas das valências da formação para que o polícia “ganhe um equilíbrio entre a parte física e intelectual”, afirmou o diretor do curso.

O segundo comandante do CI referiu que durante o curso são criados todo o tipo de cenários e são o mais próximo da realidade para que os polícias “sejam de imediato integrados nos grupos operacionais e estejam preparados a todos os níveis”.

Além do curso de ordem pública, a PSP também vai reforçar as Equipas de Intervenção Rápida (EIR) e realizar cursos de formação, em outubro, que também serão ministrados na UEP.

“As EIR do Comando Metropolitano de Lisboa e dos outros comandos territoriais da PSP terão um papel importante a desempenhar” durante a Cimeira da NATO, disse o comandante da UEP, acrescentando que “haverá um reforço de pessoal” das EIR.

Segundo Magina da Silva, a PSP neste momento está “a definir os procedimentos de articulação entre as EIR e o Corpo de Intervenção, porque terão um papel complementar”.

AL/JA

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1 COMENTÁRIO

  1. Diretores deste tipo de cursos devem ser assim, exigentes e bem conhecedores da realidade para garantir uma Unidade Especial pronta para mater a ordem. Parabens CI

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