Ponte do Guadiana ficará… cor de laranja

ouvir notícia

.

.

Trabalhos de reabilitação começaram há cerca de três meses e vão recomeçar em força a partir de setembro. Custarão 10,8 milhões de euros. Portugal pagará um pouco mais de metade deste valor, já que os espanhóis não pagam as obras que serão executadas no viaduto de acesso (no lado português). O Jornal do Algarve conta-lhe todos os detalhes sobre como vai ficar a estrutura que é uma das principais ligações entre os dois países

DOMINGOS VIEGAS

- Publicidade -

Além da iluminação decorativa, que passará a destacar a Ponte Internacional do Guadiana na paisagem noturna, tal como o Jornal do Algarve já tinha avançado em 2015, agora sabe-se também que a ponte terá os seus tirantes pintados em tons de laranja, o que também contribuirá para dar uma nova imagem à estrutura.

Estas obras, a primeira reabilitação profunda desde que a ponte abriu ao trânsito em 1991 (faz 27 anos no próximo dia 22 de agosto), foram anunciadas em 2015 pela Infraestruturas de Portugal aquando da assinatura do convénio entre os governos de Portugal e Espanha que definiu as condições, o financiamento, a contratação, a conservação e o acompanhamento da reabilitação.

O arranque da obra chegou a estar anunciado para 2017, mas acabou por sofrer alguns atrasos já que o contrato de concessão só foi visado pelo Tribunal de Contas no início deste ano. A empreitada foi consignada no passado dia 4 de abril, começando de imediato os trabalhos preparatórios, entre os quais a colocação dos andaimes nos dois pilares e na parte inferior do tabuleiro.

No total, a requalificação vai custar cerca de 10,8 milhões de euros, ou seja, cerca de menos 2 milhões do que tinha sido anunciado inicialmente (em 2015), pela Infraestruturas de Portugal. Aos pouco mais de 8 milhões de euros que custará a requalificação da ponte (pagos em partes iguais por Portugal e Espanha), juntam-se mais cerca de 1,3 milhões correspondentes à requalificação do viaduto de acesso (localiza-se no lado português e os trabalhos serão pagos só pelo governo português).

Os referidos 10,8 milhões de euros completam-se com mais 1,5 milhões respeitantes a outros custos associados ao processo (comparticipados em partes iguais pelos dois países), relacionados, essencialmente, com a fase de projetos, incluindo inspeções.

Trânsito volta a estar condicionado a partir de setembro

O ministro do Planeamento e Infraestruturas, Pedro Marques, visitou as obras na última semana, antes de seguir para a cerimónia de conclusão das “obras de emergência” da EN 125, que decorreu em Olhão, ouviu as explicações dos responsáveis pela requalificação da ponte, mas seria o vice-presidente da Infraestruturas de Portugal, José Serrano Gordo, a anunciar que os trabalhos da ponte “estarão concluídos em 2019”, sem, no entanto, avançar com datas concretas.

Desde o início das obras que a circulação tem sido feita apenas numa faixa de rodagem em cada sentido, o que tem causado alguns constrangimentos. Entretanto a situação já voltou à normalidade, com o tráfego a circular nas duas faixas, de forma a “não causar transtornos no tráfego durante o pico do verão”, explicaram os responsáveis da Infraestruturas de Portugal (IP).

A partir de meados de setembro serão encerradas as duas faixas exteriores, que serão usadas pelos trabalhadores, e ficarão abertas ao trânsito apenas as duas faixas interiores (uma em cada sentido).

Os responsáveis da IP revelaram, ainda, que “poderá haver, depois, algumas alterações pontuais, mas será sempre garantida a circulação em duas faixas, ou seja, uma em cada sentido”.

Como será a “nova” ponte?

A reabilitação inclui trabalhos em toda a estrutura da ponte, desde os elementos em betão até ao sistema de tirantes. Refira-se que o tabuleiro está suspenso na zona central por 125 tirantes, cada um constituído por um feixe de vários cordões. Está prevista a substituição de 150 destes cordões e nos restantes será efetuada “uma limpeza geral”. Os trabalhos também incluem a reabilitação das ancoragens (dispositivos existentes nas extremidades de cada tirante que fazem a ligação com a estrutura de betão armado no tabuleiro e nos pilares).

Mas a parte mais visível das obras, para quem circular, e mesmo para quem apreciar a ponte à distância, corresponde aos denominados trabalhos complementares. Além da pintura dos tirantes a cor de laranja e da colocação de iluminação decorativa (nas duas torres e nos tirantes), os tabuleiros (ponte e viaduto de acesso) serão repavimentados e os passeios e guarda-corpos serão reabilitados.

Está prevista, ainda, a execução de nova sinalização horizontal e a substituição da sinalização vertical. Serão instalados dois painéis eletrónicos de orientação (sistema telemática) para informação e controlo de circulação. A iluminação viária e fluvial (de segurança) também vai ser reabilitada.

- Publicidade -

Deixe um comentário

+Notícias

Exclusivos

Deixe um comentário

Por favor digite o seu comentário!
Por favor, digite o seu nome

Este site utiliza o Akismet para reduzir spam. Fica a saber como são processados os dados dos comentários.