Portimão abre ‘estradas’ para andar a pé

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Portimão promete continuar a eliminar barreiras e a “prosseguir práticas pioneiras no país” nesta matéria

Não estacionar em cima dos passeios nem obstrui-los com mercadoria, organizar as esplanadas mantendo canais de livre circulação, respeitar os lugares de paragem e estacionamento reservados e criar condições mais facilitadoras de acesso aos serviços, assim como aos transportes, comércio e turismo.

Estas são algumas das principais condições incluídas no Programa de Promoção da Acessibilidade que está a ser implantado em Portimão e que, segundo os responsáveis, “surge como um desafio à integração dessas orientações nas políticas municipais, respetivo planeamento, desenho e monitorização dos territórios”.

No âmbito deste plano, o município de Portimão está a desenvolver nas próximas semanas várias iniciativas de informação e sensibilização “sobre as políticas e ações no que toca ao desenvolvimento de territórios para todos”.

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A primeira ação, que teve lugar no passado dia 17 de fevereiro, traduziu-se num porta-a-porta na zona comercial de Portimão, dirigida a operadores de comércio, turismo e transportes.

Segue-se, a 26 de fevereiro, uma outra ação, entre as 19h30 e as 21h30, a decorrer na Casa Manuel Teixeira Gomes e direcionada para os operadores do comércio, turismo e transportes.

Por fim, no dia 19 de março, terá lugar no polo de Portimão da Universidade do Algarve a terceira e última ação deste ciclo, a decorrer entre as 17h00 e as 19h30, e dirigida a alunos e docentes, em especial das escolas secundárias, de gestão hoteleira e de hotelaria e turismo.

Nesta iniciativa, “será dada particular importância à acessibilidade em novos projetos turísticos e à adaptação daqueles já existentes, sendo também focados o turismo de praia e o turismo rural, entre outros temas”, adiantam os promotores.

Portimão na linha da frente

De acordo com a autarquia portimonense, este conjunto de ações surge do facto de “Portimão continuar a projetar um município acessível para todos, com o intuito de proporcionar melhor qualidade de vida aos cidadãos, tanto os que aqui residem ou trabalham cidade, como os que o visitam, independentemente das suas capacidades de locomoção, abolindo barreiras e projetando soluções para a construção de um território mais democrático”.

O grande destaque do município nesta área é a rota acessível, inaugurada em outubro de 2010. O projeto consiste num caminho pedonal de cinco quilómetros que liga os principais pontos da cidade (câmara municipal, bancos, correios, polícia, biblioteca municipal, zona ribeirinha, museu e a rua do comércio, entre outros), e que coloca Portimão na linha da frente em termos de acessibilidade em Portugal e até na Europa.

“Trata-se de um percurso que permite a uma pessoa de mobilidade condicionada, ou mesmo a uma mulher de tacão alto, deslocar-se de forma confortável e segura no centro da cidade”, sublinha a câmara municipal, que continua a avançar com estudos especializados em matéria de acessibilidade para criar um plano estratégico de prioridades de intervenção.

Entretanto, o município promete “prosseguir práticas pioneiras no país nesta matéria”, estando já em desenvolvimento um plano estratégico que integra estas ações de sensibilização, formação e participação.

“O objetivo é envolver populações, associações e entidades locais, de modo a inserir dinâmicas capazes de manter este desígnio cívico de município inclusivo na agenda de trabalho de toda a comunidade”, acentua a Câmara de Portimão, rematando que, através dos estudos, “serão detetados, ao pormenor, os problemas existentes, e apresentadas as soluções e ações apropriadas para dotar as cidades de condições próprias do acesso universal”.

NC/JA

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1 COMENTÁRIO

  1. Se estão a ordenar Portimão e naturalmente a Praia da Rocha, eu pergunto a quem de direito como é que um deficiente que não tem quem o leve vai passear na Fortaleza, sem ter onde deixar o carro? No tempo da outra senhora haviam 2 lugares para estacionmento de deficientes que para minha surpresa foram retirados e hoje ninguem pode estacionar junto a este local historico. Para minha tristeza que sou deficiente e que neste momento estou numa cadeira de rodas e possivelmente outros deficientes não teem como aceder ao ponto mais turistico desse local, antes destas inovações estacionei lá muitas vezes, depois, como os Srs que fazem essas alterações teem boas pernas para andar não se lembram dos que precisam e que teem o mesmo direito que aqueles que se podem deslocar com facilidade. Posso dar os parabens à Junta de Freguesia de Alvor que foi a primeira praia a ter estacionamento para deficientes e cadeira para os levar e trazer ao mar. Nem tudo é mau, agora essas dunas feitas com areia que retiraram da ria há alguns anos atrás é que deixaram de permitir que se avistasse o mar em dias de inverno e eu pergunto porquê inventar dunas onde não existiam? Que protegessem as outras, estou de acordo mas hoje em dia não se consegue ver a praia a não ser junto das torres da Torre Alta, ainda virá o tempo em que Portugal, um País com uma costa enorme, hão-de construir um muro para só de avião se avistarem as nossas praias.
    Acho em minha humilde opinião que tudo o que é demais não presta, e lembrem-se que hoje são novos, amanhã serão velhos. os que tiverem a sorte de lá chegar e que tamém gostarão de avistar o mar e as praias quando já não tiverem energia para andar quilometros a pé. Muito obrigada mas gostaria que alguem dos responsaveis por estas inovações me dessem uma explicação plausivel e que eu conseguisse entender, quero eu dizer, sem grandes rodeios e em bom português, tipo espartano!.
    Os meus cumprimentos e fico a aguardar uma explicação

    Maria da Conceição Rocha

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