Portimão: Coulthard diz que pilotos de F1 “vão aproveitar” a “montanha-russa”

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O antigo piloto britânico de Fórmula 1 David Coulthard apelidou hoje o circuito Portimão como uma “bonita montanha-russa” e considerou que os pilotos “vão aproveitar” o Grande Prémio de Portugal, a disputar no dia 25 de outubro.

“É uma bonita montanha-russa, com elevações. É preciso ser bravo e atacar. O Lewis Hamilton, o Max Verstappen e todos os outros vão aproveitar”, antecipou o britânico, na apresentação oficial da próxima prova do Mundial, que decorrerá no Autódromo Internacional do Algarve, confessando existir “um enorme entusiasmo” pelo regresso da modalidade a Portugal.

O seis vezes campeão mundial Lewis Hamilton (Mercedes) igualou no domingo, no Grande Prémio Eifel, as 91 vitórias do alemão Michael Schumacher e pode, em Portimão, superar o recorde de um piloto da geração de David Coulthard, que brincou com o facto de ter ouvido “tantas vezes o hino alemão que já o cantava”.

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“O Michael conquistou muita coisa e foi incrível, eu tentava o meu melhor para o bater. É um verdadeiro profissional, tal como o Lewis é hoje. Muitos condutores pensam que é só o que se faz na pista que conta, mas é muito mais”, explicou.

David Coulthard era piloto da McLaren quando Lewis Hamilton ingressou na escuderia e lembrou uma entrevista ao atual líder do Mundial de Fórmula 1, que disse, na altura, que iria ficar com o seu lugar, mas “conseguiu muito mais do que isso”, caracterizando-o como “excecional”.

A primeira das 13 vitórias de David Coulthard na Fórmula 1 aconteceu em Portugal, no Autódromo do Estoril, em 1995, com o britânico a recordar igualmente “muitas memórias divertidas” num “importante país” na história do automobilismo.

O piloto Pedro Lamy, o primeiro português a pontuar num Mundial de Fórmula 1, no Grande Prémio da Austrália de 1996, onde conquistou a sexta posição, afirmou que o regresso do campeonato “representa muito para Portugal”, sendo “uma grande conquista, sobretudo para os amantes de automobilismo”, num ano marcado pela pandemia da covid-19 e por eventos desportivos sem a presença de público.

“O impacto do público no automobilismo não tem o mesmo impacto que no futebol. O piloto dentro do carro concentra-se, o público são os outros carros. Não é tão grave, mas é triste, no paddock deve ser terrível. É uma fase que esperemos que termine depressa”, sublinhou.

Pedro Lamy anteviu dificuldades em “acompanhar a potência da Mercedes”, que “tem demonstrado uma diferença enorme em todas as pistas até agora”, mas espera que o holandês Max Verstappen (Red Bull) “consiga dar a volta ao assunto”, numa modalidade que considera ter perdido “um pouco do carisma”.

No entanto, o português, de 48 anos, afirmou que a Fórmula 1 está “muito interessante”, com “muito bons pilotos e equipas próximas umas das outras”, realçando o contributo da alteração dos regulamentos no aumento da competitividade, embora Lewis Hamilton seja “o melhor piloto no melhor carro”.

“Hamilton está a bater todos os recordes. Para mim, é o melhor piloto da atualidade e provavelmente o melhor de todos os tempos. O Verstappen não tem o melhor carro, mas tem destruído todos os colegas de equipa, apenas Daniel Ricciardo esteve ao nível. Gostaria de ver Verstappen ao lado de Hamilton, talvez será o sucessor dele no futuro”, analisou.

O Grande Prémio de Portugal realiza-se em 25 de outubro no Autódromo Internacional do Algarve, em Portimão, e será a 12.ª prova da temporada, num Mundial de Fórmula 1 liderado por Lewis Hamilton (Mercedes), com 230 pontos, seguido do finlandês e colega de equipa Valtteri Bottas, com 161, e do holandês Max Verstappen (Red Bull), com 147.

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