Hospital de Portimão encerra UCI para doentes COVID-19

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O Hospital de Portimão encerrou esta semana a sua Unidade de Cuidados Intensivos (UCI) dedicada aos doentes COVID-19 devido à necessidade de fazer obras no corredor de acesso àquela sala, disse hoje ao JA a diretora do Centro Hospitalar do Algarve (CHA), Ana Paula Gonçalves.

Esse fecho obrigou os três doentes COVID19 que permaneciam internados e ventilados na UCI de Portimão a serem transferidos para a UCI adstrita a casos COVID-19 existente no Hospital de Faro.

“Como Faro não tinha doentes na sua UCI COVID-19, os doentes de Portimão vieram um a um, dia a dia, para Faro. Portimão continua a ter a sua UCI para outros casos e o que a gente tem que fazer é as obras, que são urgentes”, disse ao JA Ana Paula Gonçalves, que dirige ambos os hospitais.

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Segundo a responsável, a premência das obras nesta altura decorre da necessidade de reparar um defeito de construção existente há duas décadas no corredor de acesso à UCI COVID-19, aproveitando o facto de “finalmente ter aparecido uma empresa construtora”, pois, explicou, os concursos ficavam sistematicamente vazios.

“Neste momento em que a pandemia baixou um bocadinho existem condições para a gente poder intervir naquele corredor e em imagiologia, para repormos uma coisa que já devia estar feita há muito tempo”, acrescentou.

Segundo Ana Paula Gonçalves, não esteve ou está em causa a segurança dos doentes envolvidos e nesta fase da pandemia a UCI de Faro é suficiente para os doentes que tem e para outros que venham a necessitar de internamento em UCI.

“Os hospitais precisam de obras, é como a nossa casa. Quando temos obras na casa e na cozinha o que é que fazemos? Esvaziamos a cozinha”, comparou.

A diretora do CHA garantiu que a intervenção foi decidida numa reunião “em que estava toda a gente”, incluindo médicos e enfermeiros da Unidade e não levantou obstáculos.

“A necessidade das obras era premente, as obras eram urgentes. O corredor de acesso à UCI está todo podre. É um defeito de construção com 20 anos, tem 8 centímetros. É um defeito de construção da empresa que fez a obra, mais uma vez o Estado foi enganado. É como se se andasse em cima de torrões de terra”, comparou.

Sublinhou que os dois meses de obra são explicáveis pela necessidade de secagem dos 8 centímetros de argamassa a colocar antes do piso de vinil, massa essa que tem um tempo de secagem de quatro semanas.

Esclareceu ainda que a UCI COVID-19 agora encerrada é a antiga UCI generalista da unidade hospitalar, para onde foram encaminhados os doentes COVID-19. “Transferimos os doentes ventilados normais para outra zona do hospital onde também tínhamos condições para ventilar. E essa unidade continua a funcionar como UCI”, concluiu.

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