Portugal empata com a Irlanda do Norte e complica qualificação

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Cristiano Ronaldo recebeu de Luís Figo a medalha comemorativa das 100 internacionalizações (Foto: Francisco Paraiso/FPF)

Uma desoladora seleção portuguesa de futebol complicou hoje ainda mais o apuramento direto para o Mundial-2014, ao empatar 1-1 na receção à Irlanda do Norte, na triste noite da celebração da 100ª internacionalização “AA” de Cristiano Ronaldo.

Sem ideias, inspiração e pontaria, Portugal perdeu mais dois pontos no Grupo F, quatro dias depois do desaire por 1-0 no reduto da Rússia, que venceu hoje em casa o Azerbaijão também por 1-0 e já leva cinco pontos de vantagem, após quatro jogos.

A formação britânica esteve mesmo a vencer, graças a um golo de Niall McGinn, aos 30 minutos, para, aos 79, o “mal-amado” Hélder Postiga salvar um ponto, graças ao seu 23.º tento na formação das “quinas” — igualou João Vieira Pinto no sétimo lugar.

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Pouca produtividade

Foi, porém, pouco, muito pouco para uma seleção que ocupa – embora também sem se perceber muito bem porquê – o terceiro lugar do ranking mundial e tem jogadores da categoria de Ronaldo ou Nani, duas “nulidades”, como quase todos, na noite do Dragão.

A seleção lusa entrou com o “onze” esperado: João Pereira, Pepe, Bruno Alves e Miguel Lopes (em vez do lesionado Fábio Coentrão) à frente de Rui Patrício, um meio-campo com Miguel Veloso, Ruben Micael e João Moutinho e um ataque com Nani e Cristiano Ronaldo no apoio a Hélder Postiga.

Debaixo de chuva, e perante um Estádio do Dragão a abarrotar, Portugal assumiu as despesas de jogo, mas cedo começou a denotar problemas, não conseguindo mais, nos minutos iniciais, do que um remate com algum perigo de Cristiano Ronaldo.

Muitos cruzamentos

Sem conseguir criar espaço pelo meio, Portugal foi optando invariavelmente por jogar pelos flancos e cruzar, mas muitas vezes os centros nem à área chegavam, sobretudo os que saiam dos pés de Nani, e os irlandeses seguravam o “nulo” sem problemas.

Apenas com Kyle Lafferty na frente, a Irlanda do Norte não atacava muito, mas a primeira vez que meteu um contra-ataque marcou: aos 30 minutos, o “10” fugiu e, perante a ausência de defesas lusos à direita, isolou Niall McGinn, que, na cara de Rui Patrício, inaugurou o marcador sem dificuldades.

Em desvantagem, a equipa lusa continuou na mesma, usando e abusando dos cruzamentos para a área, sendo que só criou perigo aos 36 minutos, quando Craig Cathcart se enganou… e cabeceou para a própria baliza, acertando na barra.

Veloso a lateral

Ao intervalo, Paulo Bento trocou Miguel Lopes por Ruben Amorim, fazendo recuar Miguel Veloso para lateral esquerdo, mas a modificação não trouxe melhorias imediatas, sendo, porém, novidade um remate de fora da área, de Micael, aos 49 minutos.

Portugal jogava agora um pouco mais rápido e teve, finalmente, um bom período, entre os 59 e os 63 minutos, com Ronaldo a estar perto de marcar, a passe de Nani, e Ruben Amorim a ensaiar de longe, já com Varela em campo, no lugar de Ruben Micael.

Passou, porém, muito depressa e, não vendo melhorias, Paulo Bento trocou João Pereira pelo ponta de lança Éder, que, aos 79 minutos, viria a ser determinante no golo do empate, ao centrar para Postiga marcar, no chão, depois de um ressalto.

Faltavam ainda mais de 10 minutos — o jogo estendeu-se até aos 90+5 – e, mesmo sem cabeça e já em desespero, Portugal poderia ter chegado ao segundo golo, só que Nani atirou por cima, aos 89, e Éder não logrou desviar um cruzamento de Varela, aos 90+2.

O público que encheu o Dragão, numa noite de muita chuva, puxou pela seleção lusa até ao último suspiro, ao derradeiro apito do alemão Thorsten Kinhfer, mas os jogadores não retribuíram e a anunciada festa foi feita por umas centenas de irlandeses.

(Rede Expresso)

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