Presidentes das câmaras indignados com o “caos na educação”

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Jorge Botelho
Jorge Botelho, presidente da Câmara Municipal de Tavira e do Conselho Intermunicipal do Algarve

O Conselho Intermunicipal do Algarve, constituído pelos 16 presidentes de câmara do Algarve, decidiu demonstrar publicamente a sua indignação e preocupação face à situação da educação no Algarve.

Na reunião desta segunda-feira, os autarcas deliberaram dar nota do seu desagrado pela forma como o Governo tem vindo a gerir a colocação dos professores no início deste ano lectivo, “prejudicando o arranque das aulas, a aprendizagem dos alunos, a vida dos professores e acima de tudo a grave perturbação que causa na estabilidade das famílias, que vêm os seus filhos sem aulas, cerca de um mês depois do início das mesmas”, diz Jorge Botelho, presidente da Câmara Municipal de Tavira e do Conselho Intermunicipal do Algarve.

“As câmaras municipais tudo fizeram para que o ano lectivo se iniciasse a tempo e horas, arranjando escolas, fornecendo materiais, espaços exteriores, refeições escolares, transportes para os alunos, materiais educativos e todo um conjunto de condições, com um forte investimento municipal, para que o início das aulas”, recorda o autarca.

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Segundo dados fornecidos pelas câmaras municipais, mais de três centenas de professores estavam em falta nas escolas algarvias no final da primeira semana de outubro, situação que impede milhares de alunos de ter acesso ao ensino regular e obrigatório a que têm direito.

“Uma falha grave do Governo, que põe em causa este investimento municipal e todo o processo educativo dos alunos”, considera Jorge Botelho.

Três semanas após o começo das aulas, para além da falta de professores em dezenas de escolas do Algarve, foi comunicado pelo Ministério da Educação aos professores colocados ao abrigo da Bolsa de Contratação de Escola, a anulação dos respetivos contratos.

“Este início de ano letivo foi o mais caótico e desorganizado dos últimos anos. A forma como o Governo gere a educação, um setor prioritário na construção de um futuro melhor para os nossos jovens e para o nosso país, motiva uma profunda indignação dos autarcas algarvios”, prossegue o autarca.

O Conselho Intermunicipal do Algarve considera que o Governo “deve rever a sua atuação” e “refletir sobre os erros cometidos, de modo a encontrar rapidamente soluções que evitem a repetição dos mesmos e consigam definir um caminho de prosperidade, a pensar no futuro dos cidadãos e de Portugal”.

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