O primeiro-ministro, António Costa, anunciou esta quarta-feira que Portugal vai “regressar ao dever de recolhimento domiciliário” tal como em março e em abril de 2020, com a exceção das escolas continuarem as portas abertas.
“Vamos manter a escola em funcionamento e esta é a única, nova e relevante exceção”, disse o primeiro-ministro.
O novo confinamento entrará em vigor às 00:00 de sexta-feira, dia 15 de janeiro.
António Costa acrescentou ainda que “não há cansaço que nos permita assumir esta dor coletiva de continuarmos a ter mais de uma centena de mortes por dia. Não é aceitável e temos de parar isto”, disse António Costa no final do Conselho de Ministros.
Por isso, “a mensagem fundamental” destas decisões é, segundo o primeiro-ministro, “regressar ao dever de recolhimento domiciliário”, tal como em março e em abril, quando foi possível travar com sucesso a primeira vaga de covid-19.
Este é “um momento que é simultaneamente mais perigoso, mas também um momento de maior esperança”.
Este confinamento terá, provavelmente, a duração de um mês, mas dentro de 15 dias as medidas serão reavaliadas.
Além do recolhimento domiciliário, o teletrabalho é obrigatório e a violação desta medida é “considerada como coima muito grave”.
O comércio e estabelecimentos culturais ficam encerrados, tal como ginásios, pavilhões e outros recintos desportivos.
Os restaurantes, bares e cafés também encerram portas, funcionando apenas em regime take-away ou com entregas ao domicílio.
Os serviços públicos, consultórios médicos, dentistas, farmácias, mercearias, supermercados e tribunais continuam abertos.
As cerimónias religiosas continuam autorizadas, de acordo com as normas da Direção-Geral de Saúde.