Primeiro-ministro turco responsabiliza Daesh pelo massacre no aeroporto de Istambul

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Os três homens que abriram fogo numa das entradas de um terminal do aeroporto Atatürk em Istambul na terça-feira ao início da noite, fazendo-se explodir após serem atingidos a tiro pela polícia, seriam militantes ou no mínimo simpatizantes do autoproclamado Estado Islâmico (Daesh).

A informação foi avançada pelo primeiro-ministro turco Binali Yildrim, que num discurso em direto na televisão estatal declarou à população que os primeiros sinais parecem indicar que o grupo extremista foi o responsável pelos ataques coordenados .

Segundo o ministro da Justiça Bekir Bozdag, 36 pessoas morreram e pelo menos 147 ficaram feridas. Yildrim sublinhou que entre os mortos e feridos, alguns em estado grave, é provável que estejam cidadãos estrangeiros. Não há, para já, qualquer indicação de que haja portugueses entre as vítimas.

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“As bombas que explodiram em Istambul hoje podiam ter explodido em qualquer aeroporto de qualquer cidade do mundo”, sublinhou o Presidente turco Recep Tayyip Erdogan, defendendo que o massacre no Atatürk deve servir como um ponto de viragem na luta global contra grupos militantes extremistas.

Há muito que o aeoporto Atatürk, o principal de Istambul, era tido como um alvo vulnerável, apesar das máquinas de raio-X instaladas à entrada, ainda antes da zona de check-in. De acordo com o correspondente da BBC no terreno, as inspeções de segurança aos carros e outros veículos que entram no perímetro do aeroporto são limitadas.

Esta quarta-feira de manhã, e depois de inúmeros voos terem sido suspensos ou desviados na noite anterior, alguns voos foram retomados, entre eles alguns da companhia aérea Turkish Airlines. No rescaldo imediato do ataque, dezenas de táxis transportaram feridos para os hospitais mais próximos enquanto as ambulâncias não chegavam ao local.

Surgiu entrentanto na internet um vídeo caseiro que parece mostrar um agente da polícia a atingir um dos suspeitos a tiro, que deitado no chão ferido pelas balas detona um colete de exposivos. De acordo com uma fonte das autoridades turcas que pediu para não ser identificada, em declarações ao “Business Insider”, nenhum dos atacantes conseguiu atravessar os controlos de segurança; dois deles fizeram-se explodir no hall de entrada e um terceiro num parque de estacionamento próximo.

À Associated Press, Paul Roos explicou que aguardava um voo para regressar à África do Sul quando os primeiros tiros foram ouvidos. “Vínhamos da zona de chegadas para as partidas, a subir as escadas rolantes quando ouvimos tiros”, contou a testemunha à agência. “Vimos este homem a andar de um lado para o outro, todo vestido de preto e com uma arma na mão.”

Mais de 61 milhões de passageiros chegaram a Istambul ou partiram da cidade através do aeroporto Atatürk em 2015, um número que não foi superior por causa do impacto que ataques recentes em solo turco tiveram no sector do turismo.

Joana Azevedo Viana (Rede Expresso)

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