Projeto Alcoutim está em risco por falta de financiamento

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A iniciativa envolve 12 voluntários que se deslocam semanalmente de Lisboa, para conviver com os idosos de Alcoutim

Iniciativa combate isolamento dos mais idosos e é desenvolvida ao longo do ano por um grupo de voluntários. Para continuar, o projeto precisa de angariar 3.000 euros e já lançou uma campanha na internet, através da plataforma PPL – Crowdfunding Portugal

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Desde 1998, um grupo de 12 voluntários, universitários e trabalhadores, que vivem em Lisboa, desloca-se um fim-de-semana por mês para trabalhar em parceria com as paróquias do concelho de Alcoutim. A iniciativa chama-se Projeto Alcoutim, é desenvolvida pelo Movimento ao Serviço da Vida (MSV) e visa combater o isolamento da população idosa.

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O concelho de Alcoutim é habitado por um número cada vez mais reduzido de pessoas, a maioria das quais com idade avançada, que vivem em situações de grande isolamento a diversos níveis. Estas pessoas, bem como as que vivem no Lar de Alcoutim, constituem a razão que leva o MSV a desenvolver este projeto, que, através de visitas aos diversos “montes” e aldeias, assim como ao lar de idosos, permite o estabelecimento de uma relação de confiança, intervindo ao nível da proximidade e procurando colmatar algumas das suas necessidades.

A presidente do MSV recorda que o contexto económico e social em que Portugal vive “favorece o aumento do número de situações de pobreza económica e de ambientes familiares desestruturados, que colocam as pessoas com idade avançada em situações de isolamento gritantes”. Neste sentido, Madalena Vasconcelos explica que o MSV “pretende ir ao encontro desta realidade, procurando constituir uma resposta e intervir através do desenvolvimento de ações de apoio às camadas mais carenciadas”.

Campanha de apoio na internet

Estes voluntários acompanham anualmente cerca de 300 pessoas e colaboram, ainda, na conservação de infra-estruturas afectas à comunidade e na dinamização de grupos de jovens.

O alojamento e as despesas de alimentação são suportados pela Paróquia, com apoio da Câmara Municipal de Alcoutim e da Associação de Solidariedade Social, Cultural, Desporto e Arte dos Balurcos, bem como pelos próprios voluntários. As despesas de deslocação (gasolina e portagens) e de materiais são da responsabilidade do MSV, rondando os 4.500 euros anuais.

No entanto, o projeto debate-se com algumas dificuldades financeiras e o MSV necessita de angariar 3.000 euros para garantir a sua continuidade ao longo de 2012. Neste sentido, acaba de lançar uma campanha na internet, com a duração de 60 dias, que visa recolher os fundos necessários para a manutenção do projeto, em parceria com a plataforma PPL – Crowdfunding Portugal, desenvolvida por um conjunto de alunos da Universidade Católica.

“Apesar da grande generosidade que temos podido observar, debatemo-nos com uma redução acentuada dos donativos e dos apoios a todos níveis”, lamenta Madalena Vasconcelos. Para a presidente do MSV, este género de campanhas “revela-se um dos canais primordiais para a garantia da sustentabilidade” dos projetos daquele movimento.

“Neste sentido, agradecemos todos os apoios de quem se sentir cativado por este projeto e motivado para ajudar.”, apela Madalena Vassconcelos. Refira-se que os donativos podem ser efetuados através do endereço do projeto na plataforma PPL (http://ppl.com.pt/investment/projeto-alcoutim-1055).

A PPL – (people, pessoas) com Portugal (ppl.com.pt) é uma plataforma de crowdfunding (financiamento coletivo) de referência em Portugal e uma forma rápida e transparente de angariação de apoios (financiamento e divulgação) através de uma comunidade que partilha os mesmos interesses em torno de um projeto.

“É com grande satisfação que ajudamos o MSV e o seu Projeto Alcoutim neste processo de crowdfunding. A nossa plataforma oferece uma forma de democratizar o financiamento de projetos e este momento é o ideal para o desenvolvimento deste tipo de parcerias.”, considera Pedro Domingos, do PPL.

O PPL proporciona uma plataforma online que permite reunir a referida rede de promotores e apoiantes. O objetivo é democratizar o apoio a projetos, numa altura em que faltam incentivos ao empreendedorismo.

Com a ajuda dos amigos, conhecidos e desconhecidos, os portugueses podem tornar um projeto realidade. Desde os montantes mais baixos, qualquer um pode ser investidor e ver assim o real impacto do seu apoio em troca de um prémio ou recompensa.

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