Projeto de eletrificação da linha do Algarve não será abandonado, diz a IP

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A Infraestruturas de Portugal (IP), presidida por António Ramalho, concentrou as equipas que acompanham o sector ferroviário no desenvolvimento dos projetos dos corredores internacionais atlânticos – as linhas que ligam Espanha em Vilar Formoso e no Caia. Fonte da empresa explicou ao Expresso que “esta prioridade está relacionada o prazo curto em que tudo terá de ficar pronto”.

Ou seja, será feita uma “maratona” na IP para ter estes projetos prontos até 16 de fevereiro de 2016, data em que é feita a segunda ronda de entregas dos corredores ferroviários prioritários da designada rede transeuropeia de infraestruturas – a Connecting Europe Facility (CEF), que dispõe de um orçamento total de 26,25 mil milhões de euros para aplicar nos projetos elegíveis até 2020.

No entanto, esta prioridade no desenvolvimento destes corredores ferroviários atlânticos não significa que a IP abandone o projeto de eletrificação da linha do Algarve – onde apenas a parte central, perto de Faro, com cerca de 40 quilómetros de extensão, está eletrificada. Fonte da IP considera que o projeto de eletrificação da totalidade dos 141 quilómetros da linha do Algarve continua em vigor e será concretizada.

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No entanto, a prioridade imediata será dada aos trabalhos dos dois projetos dos corredores internacionais atlânticos, atendendo ao calendário da designada segunda “call” destes projetos, que é 16 de fevereiro.

A IP também considera que em 2015 serão atingidos os 66 milhões de euros de investimento direto na reabilitação e manutenção da ferrovia, o que é superior aos valores aplicados em 2014 e 2013.

A IP explica que este valor “é ligeiramente superior ao investido nos dois anos anteriores, com 61,1 milhões de euros em 2014 e 61,9 milhões de euros em 2013”.

A parte mais significativa deste investimento de reabilitação foi canalizada para os projetos de longa duração, que receberam 25 milhões de euros em 2015. Segundo a IP, este montante corresponde ao “dobro do investido em 2014”, em que foram aplicados de 12,3 milhões de euros na reabilitação ferroviária.

Entre estes investimentos está o Plano de Proximidade Ferroviário, que inclui intervenções que reforçam as condições de segurança, melhoram os níveis de fiabilidade e qualidade de serviço através da redução dos tempos de viagem.

Para 2016, o Plano de Proximidade prevê investimentos de 44,7 milhões de euros, destinados a 802 intervenções, que representam um investimento global de cerca de 414 milhões de euros, sendo a maior parte aplicada na reabilitação das vias, o que representa 208 milhões de euros.

JA/Rede Expresso

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