Projeto ‘Portugal Music Export’ apresentado a Cavaco Silva

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Este projeto aposta na música portuguesa como fator de dinamização da economia e da indústria cultural.

Uma delegação encabeçada pelo presidente da Sociedade Portuguesa de Autores apresentou ao Presidente da República o projeto ‘Portugal Music Export’, que aposta na música portuguesa como fator de dinamização da economia e da indústria cultural.

“Tem como objetivo criar condições para que a música portuguesa nas suas diversas formas de expressão, e que reconhecidamente tem uma crescente recetividade por parte dos mercados internacionais, possa afirmar-se como um produto e marca de exportação credível da nossa cultura e da nossa economia”, explicou à Lusa o presidente da Sociedade Portuguesa de Autores (SPA), José Jorge Letria a propósito do projeto que pretende criar um gabinete de apoio à exportação da música portuguesa.

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O projeto foi esta tarde apresentado ao Presidente da República, Cavaco Silva, no Palácio de Belém, em Lisboa, por José Jorge Letria, Pedro Wallenstein – da cooperativa Gestão dos Direitos dos Artistas (GDA) – e pelo maestro Pedro Osório, numa altura em que decorrem contactos com o Ministério da Cultura, Ministério dos Negócios Estrangeiros e Ministério da Economia com o objetivo de tornar o gabinete operacional.

“O Presidente da República teve a gentileza de nos receber e manifestar o seu apoio e simpatia por esse projeto e de nos transmitir que nos contactos que irá ter com os membros do Governo diretamente ligados a esta área irá manifestar a sua opinião favorável”, adiantou José Jorge Letria.

“Sabemos que a cultura é geradora de riqueza, de postos de trabalho, de receita fiscal e consideramos que neste momento essa capacidade afirmativa e produtiva não está devidamente potenciada”, acrescentou o presidente da SPA.

José Jorge Letria referiu que o principal objetivo deste gabinete será organizar a forma como é exportada a música portuguesa e como são geridos os direitos conexos pela sua atualização, um processo que, afirmou, tem decorrido de forma “dispersa e um pouco caótica”.

“Quando a música portuguesa se afirma no estrangeiro, para além dos cachets dos artistas que a interpretam, há também os direitos de autor correspondentes. O que tem vindo a acontecer de forma dispersa e até um pouco caótica pode, através deste gabinete, ter resultados benéficos para a economia, para os artistas e para a afirmação internacional da nossa cultura””, defendeu Letria.

O presidente da SPA não soube quantificar o peso que a exportação da música portuguesa poderia ter em termos de criação de riqueza, mas manifestou a sua convicção no seu potencial para criar empregos e receita fiscal e referiu que, no âmbito da SPA, a música corresponde a mais de 70 por cento da faturação anual do organismo, com valores na ordem dos “milhões de euros”.

Este gabinete poderia, assegurou Letria, contribuir para “duplicar, triplicar ou quadruplicar” esses valores.

O Portugal Music Export, que conta com o apoio da SPA e da GDA, estará em funcionamento assim que “haja condições políticas, articuladas em Conselho de Ministros”.

“Estimamos que a implantação efetiva deste gabinete e da sua operacionalização rondará um encargo anual na ordem dos 500 mil euros. Acreditamos que essa operacionalização vai dar resultados visíveis a muito curto prazo”, concluiu Letria.

IMA

Lusa/JA

*** Este texto foi escrito ao abrigo do novo Acordo Ortográfico ***

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