Projeto “+ Próximo” acompanha idosos que vivem isolados

A instituição dispõe também de equipas próprias que vão ao terreno visitar os utentes

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Pelo menos 80 idosos que vivem isolados em povoações dispersas de Alcoutim estão a ser acompanhados pelo projeto “+ Próximo”, desenvolvido pelo centro humanitário de Tavira da Cruz Vermelha Portuguesa, com a autarquia e o Governo.

O projeto permite que, através do acionamento de um botão, essas pessoas entrem em contacto com o centro de atendimento da Cruz Vermelha Portuguesa (CVP), que depois ativará a resposta necessária, seja em matéria de segurança, com a ativação da GNR, seja em caso de emergência média, alertando o 112, explicou o diretor do centro humanitário de Tavira da CVP.

Segundo Manuel Marrafa, a instituição dispõe também de equipas próprias que vão ao terreno visitar os utentes indicados pela ação social municipal, no âmbito de um Contrato Local de Segurança estabelecido entre a Câmara de Alcoutim e o Ministério da Administração Interna (MAI), que financia o projeto.

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“O projeto visa uma aproximação geográfica e uma aproximação social das pessoas que estão mais distantes”, afirmou, frisando que a resposta alia “a parte tecnológica com a parte humana” e já abrange “80 utentes” na zona serrana do nordeste algarvio, onde reside uma população maioritariamente idosa, em povoações dispersas naquele território do distrito de Faro.

A parte tecnológica conta com a “teleassistência” que se encontra na sede nacional da Cruz Vermelha, “que funciona 24 horas por dia, 365 dias por ano” e é “complementada com a parte humana”, através da equipa da unidade de emergência do Centro Humanitário de Tavira da CVP, “que vai a casa dos utentes e verifica os parâmetros vitais”, esclareceu.

Este trabalho é útil em termos da informação que é reunida para o acompanhamento dos utentes pelos médicos de família, mas permite também que estas pessoas contem com um apoio social e recebam os técnicos da CVP como “quase uma pessoa da família”, considerou Manuel Marrafa.

“Muitas das vezes, estes utentes, estes seniores, o único contacto que tiveram foi o da própria CVP. Dado o isolamento em que estão, os filhos muitos estão no estrangeiro, não têm suporte de retaguarda, e a Cruz Vermelha foi dos poucos contactos que tiveram”, sobretudo durante a pandemia de covid-19, realçou.

O diretor do centro da CVP em Tavira salientou que esta proximidade com as pessoas pôde ser constatada na segunda-feira pelo ministro da Administração Interna, José Luís Carneiro, durante uma visita que realizou ao concelho para assistir a um balanço de três anos de atividade do projeto “+ Próximo”.

Questionado sobre a possibilidade de expandir a resposta dada pelo programa “+ Próximo” a outros concelhos onde a CVP de Tavira atua, Manuel Marrafa admitiu que esse é um dos objetivos para municípios próximos, como é o caso de Tavira, Castro Marim e Vila Real de Santo António.

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