Hoje, é a vez dos italianos “à rasca” saírem à rua, seguindo o exemplo dos portugueses e espanhóis.
Mais de 2000 pessoas protestaram na quinta-feira à noite em Espanha contra a precariedade. Manifestação não teve fim pacífico: 13 participantes da “Juventud Sin Futuro” foram presos.
“Aquí está la juventud precaria”. O protesto da ‘Juventud Sin Futuro’ que se realizou na quinta-feira à noite em Madrid com a participação de pelo menos 2000 pessoas – 5000 segundo os organizadores – acabou com a detenção de 13 dos participantes mais exaltados, um dos quais menor de idade. A polícia carregou sobre os manifestantes, dispersando-os.
A confusão começou quando, quase no fim do protesto, cerca de 300 manifestantes perderam o controlo, cortaram o trânsito na Atocha e no Passeo del Prado, destruíram parte do mobiliário urbano e pintaram paredes de edifícios públicos e junto a caixas de multibanco. Viveram-se momentos de tensão, com os condutores que não podiam passar pelas ruas afetadas.
Momentos de tensão
“Sin casa, sin curro, sin pensión, sin miedo”, lia-se no cartaz que abria a manifestação dos espanhóis, sobretudo jovens e estudantes, que percorriam a rua Atocha. Os manifestantes – em resposta à convocatória feita através das redes sociais e página da ‘Juventud Sin Futuro’ na Internet – começaram a chegar pelas 19h. O ponto de encontro era a praça de Antón Martín.
A marcha contra a precariedade, o desemprego e a privatização da educação seguiu a caminho do Museu Rainha Sofia. Os manifestantes reivindicaram um emprego digno, o direito à casa a habitação a preço justo, e advertiram que não vão pagar a crise.
A iniciativa “Juventud Sin Futuro” nasceu no meio universitário em Madrid, mas logo houve adesões de professores, investigadores, escritores e poetas.
Hoje, é a vez dos italianos “à rasca” saírem à rua, seguindo o exemplo dos portugueses e espanhóis.