Protesto na EN 125: Três cartazes alertam para o perigo e exigem requalificação imediata

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O Movimento de Cidadãos Utentes da EN 125 – Sotavento e as câmaras municipais de Vila Real de Santo António e Castro Marim organizaram esta tarde uma ação de protesto contra os atrasos na requalificação da EN 125, colocando três cartazes na zona da Aldeia Nova que alertam para o perigo de circular naquela estrada e exigem obras imediatas no troço entre Olhão e a cidade pombalina.

Nos ‘outdoors’, de tamanho considerável, pode ler-se “Neste momento está a circular na 125”, “Até aqui a responsabilidade foi nossa” (referindo-se ao troço final, que deixou de integrar aquela estrada e passou para a responsabilidade da Câmara de VRSA há alguns anos) e “Atenção: Daqui para a frente há mais buracos que alcatrão. Tenha muito cuidado”.

“Queremos uma requalificação imediata e estruturante, porque as obras prometidas, e que deverão começar este mês, são apenas uma ação de maquilhagem que, ainda por cima, vai apanhar parte do verão”, referiu Hugo Pena, um dos membros daquele movimento de cidadãos, em declarações ao Jornal do Algarve.

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O projeto de requalificação da EN 125 parou completamente durante o Governo do social democrata Passos Coelho, devido à crise financeira e às restrições económicas impostas pela troika. As obras avançaram posteriormente a barlavento e este troço ficou praticamente concluído no final do ano passado, já durante o Governo socialista. Porém, o troço a sotavento continua à espera da prometida requalificação.

Para Hugo Pena, o estado de degradação a que chegou a EN 125, por exemplo, à passagem pelo concelho de Castro Marim, “deixou de ser um problema de obras públicas para se transformar numa questão de segurança, por isso isto já é uma caso, inclusivamente, para o Ministério da Administração Interna”, considerou.

“Primeiro prometeram as obras para 2017, porque era ano de eleições autárquicas. Depois justificaram o atraso com a falta de um visto do Tribunal de Contas mas, afinal, não era verdade. Agora anunciam a obra para 2019, que é também ano de eleições. Com tudo isto, sentimo-nos enganados desde 2008”, lamentou Hugo Pena.

Hugo Pena e as autarcas Conceição Cabrita e Filomena Sintra

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Filomena Sintra, vice-presidente da Câmara de Castro Marim, espera que esta ação “sirva para que todos fiquem a saber a dimensão do problema” e “também que as autarquias estão atadas e não podem fazer nada para o resolver”.

Por seu turno, a presidente da Câmara de Vila Real de Santo António, Conceição Cabrita, recordou que este troço da EN 125 “é o mais abandonado de sempre” e lamentou o “estado lastimável” em que se encontra a sua parte final.

“Falo como cidadã e utente desta estrada. Há determinadas forças que não querem que este cantinho do país se desenvolva. Além da questão da segurança, como é que podemos ter turismo de qualidade com uma estrada de terceiro mundo? Mas esta má vontade não é de agora, já tem mais de 15 ou 20 anos.”, referiu a autarca vila-realense.

Domingos Viegas

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