Protestos anti-japoneses em Pequim e outras cidades

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Mais de uma centena de pessoas protestaram hoje perto da embaixada do Japão em Pequim contra a detenção do capitão de um pesqueiro chinês apresado há 11 dias em águas disputadas pelos dois países.

Protestos idênticos ocorreram em Xangai e Shenyang, coincidindo com mais um aniversário do 18 de Setembro de 1931, data em que as tropas japonesas invadiram o nordeste da China, disse a agência noticiosa oficial chinesa.

“Lembrar o 18 de setembro” foi também uma das palavras de ordem gritadas pelos manifestantes em Pequim, juntamente com “Libertem o capitão” e “Devolvam-nos as ilhas Diaoyu” (Ilhas em Senkaku, em japonês).

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Um pesqueiro chinês foi apresado no dia 07 de setembro, depois de ter colidido com navios japoneses perto das Ilhas Senkaku (Diaoyu, em chinês), cuja soberania é reivindicada pelos dois países.

Catorze tripulantes do pesqueiro já foram libertados, mas o capitão continua detido.

Na quarta-feira passada, pela quinta vez desde aquele incidente, a China convocou o embaixador japonês em Pequim exigindo a libertação do capitão do navio.

“O Japão deve entregar o capitão imediatamente para evitar uma maior deterioração das relações bilaterais”, disse quinta-feira a porta-voz do ministério chines dos Negócios Estrangeiros, Jiang Yu.

O incidente está a suscitar também um aceso debate na imprensa e na sociedade chinesas, nomeadamente na internet, onde os sentimentos nacionalistas parecem mais exaltados.

“Com a emergencia de uma sociedade diversificada, os cidadãos comuns têm agora mais coragem para se exprimir”, referiu um editorial do Global Times, uma publicaço do grupo Diário do Povo, o orgao oficial do Partido Comunista Chines.

O jornal considerou que “o governo chinês nunca deve deliberadamente estimular o nacionalismo interno porque isso pode minar a ordem social”, mas defendeu que “quando estão em causa a soberania e dignidade nacionais, os cidadãos têm o direito de exprimir todos os tipos de noções, incluindo os radicais”.

AL/JA

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