Provas e exames nacionais vão passar a ser online em 2025

O modelo será testado já em junho em algumas escolas, que estão neste momento a ser selecionadas para participar no projeto-piloto

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As provas e exames nacionais dos alunos do básico e secundário serão feitas diretamente em computadores em 2025, segundo um plano do Instituto de Avaliação Educativa (IAVE) que este ano arranca com um projeto-piloto em algumas escolas.

O IAVE já tinha feito algumas “experiências pequenas” de realização de provas digitais mas agora, através de financiamento do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR), vai avançar com o projeto DAVE- Desmaterialização da Avaliação Externa, que prevê que dentro de cinco anos todos os alunos do ensino obrigatório realizem as provas e exames nacionais em formato digital, contou fonte do IAVE.

O modelo será testado já em junho em algumas escolas, que estão neste momento a ser selecionadas para participar no projeto-piloto. A experiência amostral será com alguns alunos que agora realizam as provas de aferição.

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No próximo ano letivo, as provas de aferição já serão realizadas em formato digital por todos os alunos do 2.º, 5.º e 8.º anos de escolaridade. De fora, vão ficar apenas as provas de Expressão Artística e de Educação Física.

No ano letivo de 2023/2024, será a vez dos alunos do 9.º ano realizarem também as provas finais de ciclo em formato digital. E no ano seguinte, segundo o calendário do IAVE, a ideia é que também os alunos do secundário troquem a caneta por um teclado para fazer os exames nacionais.

A fonte do IAVE recordou que a ideia não é nova, mas “exige bastante investimento”, o que será possível através do PRR, onde está inscrita uma verba de 12 milhões de euros para a desmaterialização das provas e dos exames, segundo avança o Jornal de Notícias na edição de hoje.

O IAVE recordou que em 2018 foi realizada a primeira aplicação de uma prova de aferição em formato digital, tendo sido selecionada a prova de aferição de Matemática de 8.º ano.

Na altura, a prova foi realizada em duplo formato, papel e digital, sendo que a prova em formato digital foi realizada por cerca de 2.500 alunos de todo o país.

No ano seguinte, em 2019, teve lugar um projeto-piloto, em parceria com o Júri Nacional de Exames (JNE) e algumas escolas, com o objetivo de digitalizar as provas de aferição e realizar a classificação em suporte eletrónico.

Já em janeiro de 2021 foi realizado, também em suporte eletrónico, o estudo diagnóstico das aprendizagens a alunos dos 3.º, 6.º e 9.º anos.

Segundo o IAVE, este projeto não é “uma mera transposição para o suporte digital de metodologias, didáticas e técnicas de avaliação analógicas e tradicionais, mas de uma mudança de paradigma”, que passa por “integrar e desmaterializar todos os procedimentos inerentes ao processo de avaliação externa das aprendizagens, desde o processo organizativo e logístico, até aos processos de elaboração das provas, da sua aplicação e classificação”.

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