PS acusa Macário Correia de enganar farenses com falsas promessas

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Edifício da Câmara Municipal de Faro

O líder da oposição na Câmara de Faro, o socialista João Marques, classifica o primeiro ano de mandato de Macário Correia de “totalitarista”, acusa-o de enganar a população com falsas promessas e responsabiliza-o por não haver obras do Polis.

“Faro parou. A cidade tem piores serviços seja na biblioteca, escolas ou piscinas e alguns projetos como o Polis Ria Formosa estão largados ao abandono. A campanha foi em torno de promessas que se sabia que não iam ser cumpridas”, lamentou João Marques, em entrevista à Agência Lusa, no âmbito do primeiro ano de mandato de Macário Correia.

O socialista João Marques classifica de “totalitarista” e “obstinada” a forma como a autarquia está a ser gerida pelo executivo de Macário Correia e critica o presidente da Câmara por estar apenas a arranjar soluções em que sejam as pessoas a pagar, quando na sua campanha disse o contrário.

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O líder da oposição na Câmara de Faro critica também Macário Correia por não pedir responsabilidades à Sociedade “Polis Ria Formosa” sobre “a má gestão dos dinheiros públicos” e por ainda não ter feito uma única obra na cidade de Faro.

“Não se pode compreender como é que um organismo como a Sociedade Polis demore três anos para executar projetos e para aplicar uma única verba que seja na cidade de Faro, seja no parque ribeirinho, seja no acesso à praia”, critica, questionado se o dinheiro do Polis é todo dedicado ao fundamentalismo e ao estudo das demolições das casas.

João Marques acusa também Macário Correia de ter mentido aos farenses por ter-lhes prometido não subir os impostos municipais.

Segundo João Marques, na verdade houve um aumento efetivo no regulamento das taxas na área do urbanismo e na área dos serviços, nomeadamente serviços diretos, como nas piscinas, onde se paga atualmente 40 euros por mês para usufruir do espaço, quando há um ano era 20 euros, recordou o socialista.

“O engenheiro Macário Correia dizia que não ia despedir funcionários da Câmara, mas já despediu 199 desde a tomada de posse e agora prepara-se para mais 200 despedimentos. Também dizia que não ia aumentar as rendas no Mercado Municipal e já subiu dois euros por metro quadrado”, enumerou.

Macário Correia também prometeu que no espaço de um ano iria rever o Plano Diretor Municipal, elaborar um plano de ordenamento e expansão da cidade e requalificar a frente ribeirinha e o cais, mas até “à data nada foi feito”, recorda João Marques, referindo que os únicos planos que existem são os que o PS deixou.

“Se formos avaliar todas as promessas de Macário Correia, a maior parte delas não seriam exequíveis pelo próprio panorama financeiro descrito por ele do município”, considerou, questionando, por exemplo, o facto de se ter deixado de exercer a influencia da Câmara junto do IPTM para construir a doca exterior.

“O que tivemos durante um ano foram atitudes avulsas que estão a prejudicar o município, porque as promessas não foram feitas e algumas delas estão a ser feitas exatamente ao contrário do prometido”, argumenta.

Em outubro passado, Macário Correia, através da coligação “Faro está primeiro” (PSD/CDS-PP/MPT/PPM) venceu a Câmara Municipal de Faro ao candidato socialista José Apolinário por 130 votos, transformando as últimas eleições autárquicas numa das mais disputadas na história democrática da capital algarvia.

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