Com os olhos colocados nas legislativas de outubro, os socialistas algarvios realizaram no passado fim de semana a Convenção Regional 2015, com a presença de António Costa, onde apresentaram uma proposta de programa eleitoral regional para os próximos quatro anos.
“Nesta proposta de programa, apresentam-se as linhas programáticas de ação, o projeto político de ligação à comunidade regional”, sublinhou António Eusébio perante o secretário-geral do PS em Portimão, “com um conjunto de propostas integradas, pertinentes e exequíveis, que ambicionam recuperar o Algarve do desinteresse que o poder central lhe tem dedicado neste último mandato do governo de coligação de direita”.
Durante a manhã de sábado, os socialistas apresentaram as conclusões dos encontros setoriais desenvolvidos ao longo dos primeiros meses de 2015 e escutaram as propostas vindas da sociedade civil. A gestão do território, a promoção da atividade cultural e a situação das unidades de saúde foram alguns dos temas em destaque.
Com intervenções muito críticas sobre as consequências socioeconómicas do IVA na restauração ou dos atrasos na requalificação da EN125, o PS-Algarve defende que a Via do Infante fique “tendencialmente livre de portagens, com a implementação de medidas como, a revisão de tarifários, discriminação positiva de utilizadores frequentes e a alteração do atual modelo de cobrança de portagens na A22”, com base num estudo efetuado por especialistas em transportes e mobilidade da Universidade do Algarve.
A proposta de Programa Eleitoral Regional está disponível para consulta pública e a Federação Socialista acolhe os contributos dos cidadãos até ao próximo dia 26 de junho.
No encerramento dos trabalhos, o Secretário-Geral do PS, António Costa, insistiu na necessidade de encarar a realidade e acusou Passos Coelho de “não ter consciência” das dificuldades causadas às pessoas com rendimentos mais baixos que sofreram cortes nas prestações sociais, criticando as declarações proferidas na véspera no Parlamento, onde o primeiro-ministro afirmou que as pessoas com rendimentos mais baixos não tinham sido sujeitas a cortes.
“O que o primeiro-ministro disse não é, pura e simplesmente, verdade e é por estas e por outras que a credibilidade se mina relativamente a este primeiro-ministro”, disse António Costa, no Teatro Municipal de Portimão.
Depois da Convenção Regional 2015 – “Afirmar o Algarve”, António Costa cumpre nos últimos dois dias de estadia no Algarve um programa de visitas a empresas e instituições ligadas à economia do mar, defendida pelo presidente do PS-Algarve como um setor de futuro, que “representa inovação e novos postos de trabalho”, sublinhando que “o mar é um ativo estratégico de Portugal e do Algarve e um dos mais importantes recursos naturais, pelo potencial de novos usos e atividades económicas que suporta”.
JA
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