Ao que tudo indica, as eleições autárquicas marcadas para 2017 não serão um período desestabilizador para o acordo das esquerdas. Segundo o “Público” esta terça-feira, o PS e o PCP têm “uma espécie de um pacto de não-agressão autárquica”, ao mais alto nível da direção de ambos os partidos.
Esta informação é veiculada por uma fonte do Governo de António Costa que não aparece identificada. De fora fica, então, a tradicional competição entre o PS e o PCP pela conquista de algumas câmaras municipais, entre os dois partidos.
Quanto ao Bloco de Esquerda, o argumento, de acordo com os socialistas contactados pelo “Público”, é simples: o Bloco de Esquerda não é um partido autárquico.
“As autárquicas só seriam problema se o PS e o BE conquistassem câmaras ao PCP, isso podia criar uma crise existencial”, disse um outro membro do Governo ao “Público”. “O BE não é um partido autárquico e não se prevê que PS possa ganhar mais de uma ou duas câmaras ao PCP e o PCP uma ou duas câmaras ao PS”, acrescentou.
Fábio Monteiro (Rede Expresso)