PS e PSD rejeitaram proposta de rede de paliativos autónoma

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PS e PSD rejeitaram hoje a criação de uma rede de cuidados paliativos autónoma da rede de cuidados continuados, proposta defendida por CDS-PP e BE, apesar de socialistas e sociais democratas reconhecerem que as respostas que existem são insuficientes.

“O caminho que temos de continuar a fazer não passa pela criação de respostas autónomas, passa pelo contrário, por reforçar, aprofundar e aumentar as respostas dos recursos existentes”, afirmou a deputada do PS Sónia Fertuzinhos, durante a discussão em plenário dos diplomas do CDS-PP e do BE para a criação de uma rede de cuidados paliativos autónoma da rede de cuidados continuados em que atualmente estão inseridos.

Reconhecendo que é preciso “melhorar e persistir nas respostas de cuidados paliativos”, Sónia Fertuzinhos defendeu, contudo, uma solução que passe por “melhorar dentro do que já existe”, aproveitando os recursos e os resultados obtidos.

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Pelo PSD, a deputada Maria José Nogueira Pinto foi mais duras nas críticas ao atual sistema, acusando o Governo de não ter nos cuidados continuados uma prioridade.

Porém, defendeu, “a criação de uma outra rede iria comprometer definitivamente os cuidados continuados”.

“O que os portugueses querem hoje são soluções, não querem mais leis, o país não precisa de mais leis”, enfatizou a deputada do PSD, propondo que os diplomas do CDS-PP e do BE baixem sem votação à comissão parlamentar.

Uma proposta que não teve qualquer resposta nem do CDS-PP, nem do BE, que centraram as suas intervenções na explicação dos diplomas em discussão.

“Não queremos respostas tecnocratas, burocratizadas”, afirmou a deputada do CDS-PP Isabel Galriça Neto, classificando a rede de cuidados paliativos existente como “manifestamente insuficiente” e “indigna”.

O deputado do BE João Semedo, que tal como Isabel Galriça Neto é médico, recusou ainda a ideia de que autonomizar a rede de cuidados paliativos implica “parar com o que já está a ser feito”, enfatizando a falta de capacidade de resposta que existe agora.

A deputada do PCP Paula Santos insistiu igualmente na insuficiência da rede de cuidado continuados que existe, “que fica muito aquém do que o que o país precisa”, adiantando que a sua bancada “não vê problemas na autonomização”.

Contudo, acrescentou, para o PCP “a questão central não passa pela criação de uma nova rede, mas sim no aumento de investimento público nesta área”.

O deputado do partido ecologista Os Verdes José Luís Ferreira revelou também que a sua bancada não irá votar contra os diplomas do CDS-PP e do BE.

AL/JA

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