Segundo dados avançados pelo Barómetro de Outubro elaborado pela Marktest para o Diário Económico e TSF, as promessas de tempos difíceis que se avizinham para os portugueses levam os eleitores a penalizar fortemente o partido actualmente no Governo, reduzindo abruptamente a base de apoio ao PS, que assim passou dos 36% das intenções de voto, para uns meros 25%. Ou seja, o segundo valor mais baixo obtido pelos socialistas no histórico da Marktest.
Quanto ao PSD, capitaliza este descontentamento subindo mais um pouco nas intenções de voto, de 40 para 42%, em direcção à maioria absoluta.
Entre os restantes partidos com assento parlamentar, destaque para a subida registada por todos relativamente ao mês anterior, ainda que não impedindo o chamado empate técnico: Bloco de Esquerda sobe 3,3% e está agora nos 10 pontos percentuais; CDU regista mais 2,3% e passa a ter 8,3 pontos percentuais; e, finalmente, o CDS sobe 1,4 pontos e detém agora 8,1%.
A finalizar, destaque ainda para a queda acentuada do primeiro-ministro, para o pior registo de sempre, com José Sócrates a reunir apenas 18% de intenções de voto positivas. Algo só possível porque cresceu também o número de eleitores socialistas descontentes com a actuação do líder do partido – passou de 18 para 20%.
Quanto ao seu principal rival, o presidente do PSD, Pedro Passos Coelho, não parece ter sido penalizado pelo facto de ter levado os sociais-democratas a negociarem com o Governo, com 31% dos portugueses a qualificarem a sua actuação como positiva, contra 39% a descrevê-la como negativa. Ou seja, os mesmo números registados em Setembro.