A deputada Jamila Madeira pediu esta quarta-feira, na audição Regimental de Nélson de Souza, ministro do Planeamento, maior detalhe relativamente às medidas para a retoma do setor do Turismo, inscritas no Plano de Recuperação e Resiliência (PRR), anunciou o grupo parlamentar do PS.
Para a deputada socialista, eleita pelo círculo de Faro, o setor do Turismo, “apesar dos bons ventos da campanha de vacinação e do apoio vital dos programas APOIAR e REACT, tem sido o mais fustigado em Portugal e no mundo pela crise pandémica e também o que mais demorará a recuperar”.
Durante esta audição, que decorreu no âmbito da Comissão de Economia, Inovação, Obras Públicas e Habitação, Jamila Madeira sublinhou que “o turismo é transversal à economia, valendo, de forma direta, 17% do PIB português, sem contar com as sinergias indiretas e os empregos que gera noutras atividades, sendo também a maior atividade exportadora do país”.
Para a deputada socialista, a importância do setor é tal que obriga a respostas mais detalhadas relativamente à estratégia de alavancagem do setor no âmbito do PRR, no qual está inscrita uma dotação de cerca de 4,6 milhões de euros.
“Porém, por ser uma resposta crítica para Portugal e para a economia portuguesa, mas, sobretudo, decisiva para o Algarve, que é a maior região turística do país e cuja economia está assente numa lógica de monocultura do turismo, é importante conhecer, com maior detalhe, as propostas do PRR para o setor”, afirmou.
Em resposta, o ministro Nélson de Souza concordou com a importância do turismo para a vitalidade da economia portuguesa e afirmou que “a saída da crise vai ter de corresponder a determinado tipo de padrões de evolução que não pode deixar de ter em conta a experiência vivida com este choque”.
Neste sentido, o governante garantiu que a retoma do setor “tem pleno cabimento na estratégia estrutural do PRR”, que é um instrumento essencial para a retoma do setor, que, “apesar de não se tratar de indústria transformadora, deve ser entendida de forma mais abrangente”. Para o ministro, esta resposta é indissociável das que serão dadas, por exemplo, às “indústrias criativas e às indústrias da cultura”, também já inscritas em sede de PRR, tendo acrescentado que da proposta da deputada socialista, o Governo vai “acrescentar uma evidência também relativamente ao turismo”, de forma a corresponder à sua “importância estratégica”.