O PS Algarve exortou o ministro da Saúde a tomar “uma primeira e última medida” a favor do Serviço Nacional de Saúde (SNS) no Algarve e exigir ao conselho de administração do Centro Hospitalar do Algarve um desempenho responsável e consonante com as competências que lhe são conferidas de adequar as respostas de cuidados de saúde hospitalares às necessidades da região.
Os socialistas consideram que a degradação da qualidade da medicina na região, apesar do “esforço hercúleo dos médicos e enfermeiros”, ultrapassou todas as linhas vermelhas e que é urgente parar a estratégia “irresponsável e de destruição” dos serviços regionais de saúde “levada a cabo pelo presidente do CHA”.
A gota de água foi o anúncio da demissão de mais seis médicos, dos quais três internos, do serviço de ortopedia do Hospital de Faro “o que, a confirmar-se, colocaria em causa a própria ortopedia no Algarve, a partir de janeiro”, alertam os socialistas.
“Nós temos conhecimento que em novembro, por ordem do conselho de administração, todos os doentes com necessidade de cirurgia ortopédica urgente ou emergente foram transferidos para o Hospital de Santa Maria, em Lisboa, por incapacidade do serviço no Algarve. A confirmar-se em janeiro a demissão de mais seis médicos significaria o encerramento total do serviço de ortopedia no Algarve”, acusa Antonio Eusébio.
Para o líder do PS Algarve “não resta outra opção ao ainda ministro da saúde do que responsabilizar a administração do CHA por esta situação dramática e exigir-lhe o desenvolvimento das diligências necessárias para reverter tal processo”.
O presidente da federação do PS Algarve e os deputados eleitos pela região reuniram ontem com a direção distrital da Ordem dos Médicos e decidiram avançar com um conjunto de iniciativas políticas de defesa do Serviço Nacional de Saúde no Algarve.
Os eleitos socialistas vão pedir a audiência urgente dos responsáveis do CHA e os representantes dos médicos, enfermeiros e autarcas no Parlamento e propor uma tomada de posição em todas as 16 assembleias municipais da região.
“É urgente parar a destruição dos cuidados de saúde públicos no Algarve e inverter a situação de degradação que se assiste no Hospital de Portimão e de Faro, nomeadamente na ginecologia/obstetrícia, cirurgia, que já perdeu a idoneidade formativa, e na ortopedia, que corre o risco de pura e simplesmente desaparecer”, conclui o presidente da federação do PS Algarve.
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