O PSD/Algarve acusou o Governo e Direcção Regional de Educação do Algarve (DREA) de estarem a partidarizar a nomeação do presidente do agrupamento de escolas de Alcoutim e exige à ministra da Educação uma intervenção.
“O Governo do Partido Socialista, através da Direcção Regional de Educação do Algarve, predispôs-se a cometer todo o tipo de atropelos no processo de nomeação do presidente da Comissão Administrativa Provisória (CAP) do Agrupamento de Escolas do município de Alcoutim, sedeado em Martinlongo” acusa o líder do PSD/Algarve, Mendes Bota.
Em comunicado de imprensa enviado hoje à comunicação social, o PSD/Algarve exige a “intervenção da ministra da Educação, para colocar termo à inadmissível manipulação partidária da Direcção Regional de Educação”.
Segundo Mendes Botas, Alcoutim foi o único município do Algarve onde “não houve nomeação direta da Comissão Administrativa Provisória”.
Para Alcoutim, o diretor regional entendeu “por bem abrir um concurso para apresentação de candidaturas, com critérios feitos à medida para beneficiar o tal apaniguado do Partido Socialista – o diretor da Escola de Alcoutim”, acusa o PSD/Algarve.
Mendes Bota recorda que em todos os outros municípios do Algarve foi escolhido para presidente das respetivas CAP, o diretor ou diretora da Escola Sede do Agrupamento, ou, da maior Escola do Agrupamento, que no caso de Alcoutim, é precisamente a Escola de Martinlongo, todavia, a DREA quer “favorecer diretor da Escola de Alcoutim”.
O PSD/Algarve classifica a manobra de um “escândalo de manipulação da coisa pública ao serviço dos interesses partidários, utilizando os critérios sem critério”.
O diretor da DREA, Luís Correia, refutou completamente as acusações do PSD/Algarve e classifica de “muito infeliz esse tipo de acusações”.
“Os critérios de escolha não foram partidarizados, advêm sim da experiência e formação profissional dos candidatos”, disse Luís Correia, em declarações à Agência Lusa.
Luís Correia confirma que o agrupamento escolar de Alcoutim foi realmente o único do Algarve, porque foi onde “não houve acordo entre os dois presidentes dos órgãos de gestão para a designação do CAP” e, por esse motivo, “foi aberto um concurso, limitado, onde os critérios foram definidos por uma comissão criada para o efeito”.
A comissão foi constituída pelo presidente da Escola de Alcoutim, presidente da Escola de Martinlongo e um elemento da DREA.