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O PSD-Algarve considera que o chumbo da requalificação da EN 125 “é mau para o Sotavento” e “põe a nu o comportamento do Governo neste processo”.
Recorde-se que o Tribunal de Contas recusou, no final da última semana, o visto para a revisão do contrato da subconcessão Algarve Litoral, que permitiria o início das obras de fundo e estruturais na EN 125 no Sotavento algarvio.
“O PSD-Algarve tem procurado sensibilizar os sucessivos governos para a importância da integral requalificação da EN 125, a qual tem decorrido muito lentamente frustrando as legítimas expectativas dos cidadãos e sem dar a prioridade que o Algarve merece”, lamentam os sociais democratas algarvios, em comunicado.
“O atual Governo sempre alegou que o problema das obras entre Olhão e VRSA era o Tribunal de Contas e fê-lo escudando-se nessa instituição para se eximir das suas responsabilidades. A renegociação da concessão apresentada pelo Governo PS fracassou. Foi chumbada em 2017 e novamente em 2018. Não obstante esse facto, em 2016, 2017 e 2018 foram-nos apresentados calendários de obras, calendários não cumpridos sucessivamente. Nunca foi intenção do Governo avançar com a obra, por isso levou mais de dois anos a apresentar pela primeira vez o processo no Tribunal de Contas”, acusam.
Para o PSD, esta situação coincide com a redução do investimento público que, consideram, é maior do que aquela que se realizava no tempo de aperto financeiro. “Se tal era necessário na iminência da rutura das finanças públicas, porque razão quem declara não haver austeridade a pratica na nossa região, violando todos os seus compromissos?”, questionam os sociais democratas.
O PSD-Algarve quer “que a obra de requalificação avance seja quem for Governo” e “apoiará essa obra seja quem for Governo, mas não admite nem tolera o engano e a dissimulação que têm marcado este processo”. E conclui: “Já é tempo de assumir as responsabilidades. A culpa era do Tribunal de Contas, agora passou para o PSD, a seguir será de não sabemos quem mais”.