PSD Algarve denuncia falhas na saúde

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O PSD Algarve acaba de enumerar e denunciar uma série de falhas que têm acontecido na região, nos últimos dias, ao nível do Sistema Nacional de Saúde, entre as quais o facto da urgência de ortopedia do Centro Hospitalar do Algarve (que inlcui todos os hospitais da região) ter estado encerrada entre sábado e segunda-feira.

Outra das situações denunciadas é a dos “longos períodos de inatividade” resgistados nos últimos dias nos Serviços de Urgência Básica (SUB), com ordens de desvio de ambulâncias. E dão como exemplo os SUB de Albufeira, Vila Real de Santo António e Loulé, no sábado (dia 24), e os de Loulé e Albufeira no domingo (dia 25).

Para os sociais democratas, estes episódios “têm sido cada vez mais recorrentes e ameaçam de forma, progressivamente, mais gravosa a oferta assistencial disponível no SNS na região”. E consideram que as falhas “têm sido muito mais frequentes, aliás como é reconhecido pelas posições públicas dos profissionais, o que coloca em causa não apenas a ortopedia, mas outras especialidades”.

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O PSD recorda que o ministro da Saúde tinha prometido resolver as falhas mais graves no verão, mas sublinham que “agora, menos de um ano volvido dessa declaração, convém que resolva também a das restantes estações do ano”.

A estrutura regional do PSD lembra ainda os dados oficiais da ACSS, os quais indicam que o Algarve tem o segundo mais alto índice de mortalidade dos 40 hospitais do país, o pior índice de demora média do país, uma das piores percentagens de reinternamento no prazo de 30 dias, uma redução de 9,6 % de cirurgias programas face ao mesmo período de 2015, uma redução de 4,8 % de cirurgias urgentes face ao mesmo período de 2015, uma redução de 4,6% do número de primeiras consultas face ao mesmo período de 2015.

“Resulta claro que se registam mais casos de utentes que são transportados para fora da região para terem acesso aos cuidados que necessitam. Ora, em muitos casos, tal colide com a urgência da intervenção, pois as janelas terapêuticas não se compadecem com esse tempo de espera”, refere o PSD em comunicado.

No dia 23 foi anunciada uma carta de demissão de alguns dos principais responsáveis clínicos dos hospitais do Algarve. A subdirectora clínica do Centro Hospitalar do Algarve (CHA), Ana Lopes, e mais quatro directores de departamento apresentaram a demissão, alegando a ausência das “condições necessárias” para continuarem nos cargos.

A falta de resolução de “problemas estruturais” que se arrastam no tempo e o facto de “não ser previsível a resolução desses problemas”, dizem, torna “completamente impossível” o exercício das funções de chefia naquele centro que integra os hospitais de Faro, Portimão e Lagos e Serviços de Urgência Básica de Loulé, Albufeira e Vila Real de Santo António.

“Todas estas notícias são a somar a uma redução de 6,5 milhões de euros previstos no OE 2017, em particular uma redução de 6 por cento nos medicamentos e 10 por cento no material de consumo clínico, o que é extremamente preocupante para quem quer melhorar os níveis ou, do mal o menos, manter”, consideram os sociais democratas.

O PSD Algarve critica ainda o facto do hospital central do Algarve, considerado um dos componentes essenciais para resolver o problema dos cuidados hospitalares na região, ter ficado na gaveta. Recorde-se que está prometida a construção de três hospitais no país, mas o Algarve ficou para trás.

O PSD, através do Deputado Cristóvão Norte, já colocou a questão ao Ministério da Saúde, procurando saber as medidas que vão ser tomadas para que “situações de tamanha desprotecção das populações não se repitam”.

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