PSD-Algarve vai avançar com agenda de protesto contra portagens

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O PSD-Algarve acaba de anunciar que vai avançar com uma agenda de protesto contra a introdução de portagens na A22 (Via do Infante).

O conjunto de acções a realizar está já a ser preparado no âmbito daquela Comissão Política Distrital e, de acordo com os sociais democratas algarvios, será tornado público em breve, “não obstante a posição de princípio da direcção nacional do partido que é a de haver um tratamento de igualdade para todos os utilizadores de auto-estradas SCUT conjugado com medidas de discriminação positiva nas regiões mais deprimidas”.

Os sociais-democratas algarvios dizem que a sua posição é uma consequência lógica do esgotamento dos canais institucionais de diálogo e recusa por parte do Governo do PS em aceder ao repto que lhe foi lançado pela AMAL – Comunidade Intermunicipal do Algarve, para que a introdução de portagens na A22 fosse revista e ponderada apenas quando fosse concluída a requalificação da estrada nacional 125 e consumada uma verdadeira alternativa rodoviária à Via do Infante.

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Os “efeitos negativos” que a introdução de portagens na A22 “vai provocar no Turismo e nas trocas comerciais entre o Algarve e a vizinha Andaluzia”, a “trapalhada em que se tornou o processo de pagamento, que tantos espanhóis tem afastado das suas visitas regulares ao norte litoral do país, o mesmo podendo acontecer no Algarve com os visitantes castelhanos” ou o “previsível aumento dos níveis de sinistralidade na EN125, consequência do esperado crescimento do tráfego”, são outras das preocupações do PSD-Algarve.

Na reunião plenária da Comissão Política Distrital, realizada em Monchique, os sociais democratas decidiram, igualmente, apelar à “memória e respeito de alguns autarcas socialistas” para com aquilo que apelidam de “unidade e coerência histórica das posições da AMAL em matéria de introdução de portagens na A22” e para com “as suas próprias juras, feitas até há muito pouco tempo atrás, em como a A22 jamais seria portajada.”

Os sociais-democratas mostraram-se ainda indignados com o que consideram “infelizes declarações públicas” de um responsável do PS na região, igualmente membro da AMAL, que “mais parece interessado em proteger cegamente o Governo e os interesses partidários do PS do que em manter a sua própria coerência e a força das posições, contrárias e unânimes, da AMAL, mantidas ao longo dos anos em matéria de introdução de portagens na A22”.

O PSD-Algarve recorda que estas posições “sempre foram independentes da cor partidária dos Governos” e que, com a sua posição, o referido responsável do PS está a prestar “um péssimo serviço ao Algarve e aos algarvios, incluindo os do concelho em que é presidente de Câmara”.

Outra consequência da reunião do PSD-Algarve é a decisão de convidar publicamente o presidente dos socialistas algarvios a clarificar a posição do PS regional, a favor ou contra as portagens na Via do Infante.

Para o presidente do PSD-Algarve, Luis Gomes, “era importante que Miguel Freitas esclarecesse, sem recurso a subterfúgios demagógicos, com serenidade e urbanidade, se o PS/Algarve deixou de achar que a luta contra as portagens na Via do Infante é uma causa do Algarve no seu todo e passou a ser uma mera arma de arremesso político que utiliza para combater o PSD quando é este partido que governa, mas que já não serve aos intentos socialistas no Algarve quando as posições se invertem e é o PS a governar.”

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1 COMENTÁRIO

  1. Pois é. Isto é muito bonito. E a A23 que não tem, na maioria do seu percurso, qualquer alternativa? Aliás, grande parte dela foi construida em cima da Nacional 3. Imaginam o que é o trânsito passar dentro de Torres Novas com semáforos em alguns sitios, 8 (oito) rotundas uma delas ao lado do Shopping, passar pelo Entroncamento com várias rotundas e semáforos com fartura, depois Tancos onde não passam 2 camions ao mesmo tempo e ainda por cima com uma passagem de nivel, depois Constância a passar pelo seu centro histórico, Rio de de Moinhos, Abrantes com as suas colinas, semáforos, ruas estreitas, etc, depois o Rossio ao Sul do Tejo e por ai adiante. E pior de tudo isso é que a A23 até Abrantes foi construida pela Junta Autónoma das Estrdas, com dinheiros da CEE, era na altura o IP6, não faz parte da Scutvias e também vai ter pórticos em sitios estratégicos. E tanto quanto se sabe, aqui o tal PSD não estará a fazer nada. É estranho haver vários pesos e várias medidas, não acham?

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