A Comissão Política de Secção de Monchique do PSD recordou esta semana o grande incêndio que deflagrou no concelho a 3 de agosto de 2018, durante oito dias, lamentando a falta de apoios, anunciou o partido.
“Dos mais de 27 mil hectares de floresta e mato, ardidos, a que não escaparam máquinas e alfaias agrícolas, pomares, adegas e armazéns agrícolas, arderam também cerca de 52 casas! Até ao dia de hoje apenas 2 foram reconstruídas! E as outras?”, refere o PSD/Monchique em comunicado.
O partido acusa o Governo, que esteve presente em Monchique num “corrupio Serra acima” para “prometer uma mão cheia de nada”, uma vez que “pouco ou nada foi feito” e “não parece haver qualquer vontade de fazer o que quer que seja”.
“As pessoas de Monchique, não mereciam este infortúnio, mas muito menos mereciam a falta de apoio e respeito do Estado, que deveria ser uma pessoa de bem”, disse o partido em comunicado.
Após o incêndio, foi prometido um Programa de Desenvolvimento Económico e Social de Monchique que, segundo o partido, “acabou por se transformar num Programa Reordenamento e Gestão da Paisagem da Serra de Monchique e Silves, com execução até em 2039”.
O PSD/Monchique alerta ainda para a necessidade de substituir a sinalização das estradas, pois apenas estarão a servir para “lembrar esta desgraça”.
Além de saudar o 87.º aniversário da Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários, que lutou contra este incêndio, o PSD/Monchique alerta que o concelho está “envelhecido e sem perspetivas de uma vida melhor”, com a população “a ir embora”, mas com esperança “que dias melhores virão”.