PSD questiona ministra sobre ausência de cirurgiões em Faro durante 13 dias

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Os deputados do PSD eleitos pelo círculo eleitoral de Faro entregou esta semana uma pergunta à ministra da Saúde para esclarecimentos sobre as notícias que dão conta da determinação de um grupo de 10 cirurgiões do Centro Hospitalar e Universitário do Algarve (CHUA) de abandonar o SNS, devido ao facto de os médicos tarefeiros serem remunerados em mais do triplo à hora que os médicos com vínculo à instituição.

Prevê-se que esta situação se agrave a partir de dia 1 de março, quando os médicos acima de 55 anos, tal como tinham assumido, não assegurarem a realização de urgências e por isso não estarem asseguradas as escalas de cirurgia neste serviço no Hospital de Faro por um período de 13 dias, que começou no passado domingo.

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Os cirurgiões recebem perto de 15 euros por hora, enquanto o CHUA despende 50 euros à hora com os tarefeiros, sendo que estas prestações de serviços têm crescido a um ritmo exponencial, consumindo recursos desproporcionais, quando estas contratações fazem apenas sentido para momentos de picos de procura. Todavia, realça Cristóvão Norte, “a carência é tão grande que a exceção é hoje a regra. Isto mina a lógica de grupo, o acompanhamento dos doentes, o sentimento de justiça e mostra a inação e incapacidade de melhorar as condições para fixar médicos que têm sido prometidas”.

O deputado eleito pelo círculo de Faro refere ainda que “não há nem vai haver novo hospital, não há investimento em equipamentos, estamos cada vez mais a correr com os médicos do SNS. São maltratados e desvalorizados. Tudo isto pesa no desnorte que se faz sentir no Algarve.”

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