PSD reúne hoje no Algarve Conselho Nacional saído do Congresso de fevereiro

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O Conselho Nacional do PSD reúne-se hoje, a partir das 21:00, num hotel em Olhão, no Algarve, na primeira reunião deste órgão desde o Congresso de fevereiro e com regras adaptadas à pandemia de covid-19.

A primeira reunião do novo Conselho Nacional deveria ter acontecido logo em março, mas a pandemia levou os sociais-democratas a suspenderem todas os encontros presenciais até ao verão.

Hoje, o encontro terá novas regras: além do uso obrigatório de máscara e de pontos de desinfeção das mãos, para prevenir filas na entrada todos os participantes receberão uma mensagem no seu telemóvel com o número da mesa para realizar a credenciação.

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Salas separadas para conselheiros eleitos com direito a voto e outra para os participantes, com transmissão em direto – mas com direito a intervir na sala principal -, desinfeção do púlpito entre intervenções, pedidos para evitar “a circulação desnecessária” e aglomerados de pessoas, bem como quartos de isolamento à disposição no hotel são outras das precauções adotadas pelo PSD.

Na ordem de trabalhos do Conselho Nacional de hoje, estão a aprovação das contas do ano passado, alterações a regulamentos internos e “análise da situação política”, mas alguns conselheiros querem levar já o tema das autárquicas ao órgão máximo do partido entre Congressos.

O líder da JSD, Alexandre Poço, confirmou à Lusa que irá à reunião defender o apelo que lançou numa carta aberta na quarta-feira aos presidentes do PSD, CDS-PP e Iniciativa Liberal para um acordo de âmbito nacional do centro-direita nas eleições autárquicas de 2021.

Questionado na quinta-feira se admite uma negociação global com o CDS-PP para estas eleições, o presidente do PSD, Rui Rio, respondeu que “não está nada em cima da mesa e está tudo em cima da mesa”.

“O PSD está tranquilamente a preparar as autárquicas, mais tranquilo do que aquilo que devia por força da pandemia, e até 31 de dezembro vou sempre dizer isto porque não tenho mais nada para dizer”, afirmou.

A direção do PSD já definiu que só a partir de janeiro (e provavelmente após as presidenciais) devem começar a ser discutidos e apresentados candidatos às autárquicas do outono do próximo ano.

Paulo Cunha, presidente da Câmara de Famalicão e que encabeçou a segunda lista mais votada no último Conselho Nacional (logo depois da direção), não irá a Olhão por ser dia de Assembleia Municipal, mas defendeu ser “importante que o partido comece a debater a questão autárquica e a estimular os seus melhores quadros”, pedindo para Lisboa e Porto “figuras que se identifiquem com o PSD e tenham um percurso ligado ao PSD”.

“Confesso que acho que o PSD deve ter uma candidatura própria a Lisboa, e não apoiar uma candidatura liderada pelo CDS”, referiu à Lusa um dos principais apoiantes de Luís Montenegro na última disputa interna, questionado sobre a sugestão do ex-ministro Poiares Maduro de uma candidatura conjunta encabeçada por Paulo Portas.

Numa entrevista esta semana à SIC-Notícias, o presidente do PSD, Rui Rio, elogiou as capacidades políticas do antigo líder do CDS-PP Paulo Portas, mas garantiu que “nada está decidido” sobre o candidato do partido para a Câmara de Lisboa.

Hugo Neto, ex-líder da concelhia do Porto e conselheiro nacional que pede uma reunião urgente deste órgão desde julho, irá defender em Olhão que o encontro de hoje seja o ponto de partida do debate interno para as autárquicas, que considera exigirem “a unidade do partido, muito mais do que outras eleições”.

Antes da análise da situação política, o Conselho Nacional tem na agenda duas alterações a regulamentos internos que o secretário-geral do PSD, José Silvano, classificou como de pormenor.

Uma delas visa fazer coincidir os prazos dos processos eleitorais internos com os horários de funcionamento da sede (evitando que se fixem prazos para a meia-noite, por exemplo) e outra para acrescentar, no regulamento de disciplina, que constitui infração grave propor, requerer ou integrar comissões de honra de listas de outros partidos (até aqui só se aplicava a quem integrasse as listas efetivamente entregues em tribunal).

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