PT pode ser vendida na próxima semana

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A próxima semana pode ser decisiva para a Portugal Telecom. Segundo a imprensa brasileira de hoje, a Oi quer fechar a venda da PT Portugal durante a próxima semana, até para desbloquear um acordo entretanto desenhado entre os grandes do Brasil para repartir a TIM. Altice, Apax Partners e Bain Capital Partners estão a negociar.

A venda da PT “está prevista para a próxima semana”, noticia o Estado de São Paulo. “Segundo apurou a reportagem, cinco são os interessados. Entre eles estão duas operadoras – a francesa Altice é uma delas – e três fundos de investimento”, escreve o jornal. Que prossegue: “O valor dessa transação será de cerca de sete mil milhões de euros (22 mil milhões de reais), já descontando a dívida e incluindo um prémio pelo controlo. Com o dinheiro, a Oi reduzirá seu endividamento para bancar sua parte na oferta pela TIM.”

Já o “Folha de São Paulo” diz que “há atualmente três propostas finais em análise pela Oi por seus ativos portugueses. A companhia não abre mão de receber ao menos sete mil milhões de euros e, assim, reduzir o seu endividamento. Deve fechar o negócio quem oferecer a maior quantia. A disputa está entre a francesa Altice e os fundos de private equity Apax Partners e Bain Capital Partners. Em comunicado divulgado ao mercado ontem, a Oi informou que foi contatada por diversos interessados nos ativos de Portugal, mas declarou que não recebeu qualquer proposta de alienação até a data.”

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No centro das notícias no Brasil está um acordo entre operadoras brasileiras Claro, Vivo e Oi para comprar a TIM Brasil, a segunda maior empresa do mercado brasileira, “e reparti-la em três”, informa o mesmo jornal. “A entrega da proposta está condicionada à venda, por parte da Oi, da Portugal Telecom”.

Já segundo o jornal “Folha de São Paulo, a Claro, do mexicano Carlos Slim, “ficará com 40% dos clientes da TIM; Vivo terá 32% e Oi deverá obter 28%”. Neste cenário, a Claro “é a operadora que sairá mais fortalecida com o possível fatiamento da TIM Brasil”. Na prática, “as três empresas ficam maiores – tanto em clientes quanto em receita. Esse processo, chamado de consolidação, dá musculatura para as empresas fazerem investimentos mais pesados garantindo margens de lucro.” A Vivo continuará no entanto a ser líder de mercado.

Num comunicado divulgado hoje, através da Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM), a Oi nega ter recebido qualquer proposta para a operação em Portugal. “A companhia esclarece que, até a presente data, não recebeu qualquer proposta de alienação, com indicação de valores ou não, de suas atividades em Portugal e que não existe decisão visando à alienação de tais atividades, ou de seus ativos em Portugal”, lê-se no comunicado.

A PT SGPS tem, segundo os termos do memorando de entendimento assinado no âmbito da fusão entre a PT e a Oi, direito de veto em decisões estratégicas, como é o caso de uma eventual venda da PT Portugal.

RE

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