O primeiro-ministro russo regressa à liderança do Kremlin, após um escrutínio dominado por acusações de fraudes. O centro de Moscovo está sob fortes medidas de segurança. E Putin já declarou ter ganho uma “aberta e honesta batalha”.
O primeiro-ministro Vladimir Putin venceu as eleições presidenciais à primeira volta com 58% dos votos, informa Alexei Venndiktov, redator-chefe da Rádio Eco de Moscovo, citando o resultado de uma sondagem à boca das urnas.
Já a televisão russa informou que Putin deverá vencer as eleições presidenciais à primeira volta com 58,3% ou 59,3% dos votos, citando também os resultados de duas sondagens à boca das urnas. Um resultado esperado que já começou a ser festejado pelos apoinates de Putin no centro da capital russa Moscovo.
O líder comunista, Guennadi Ziuganov, aparece em segundo lugar com 17,7% ou 18,2%, o multimilionário Mikhail Prokhorov conseguiu 9,2% ou 9,8%, o líder ultranacionalista Vladimir Jirinovski conquistou cerca de 7% e Serguei Mironov, dirigente do Partido Rússia Justa, conquistou cerca de 4%.
A afluência foi superior a 60% dos inscritos, de acordo com a Comissão Eleitoral. O escrutínio fica marcado pelasqueixas de fraudes.
“Quando estavam contados mais de 43% dos votos, na noite de domingo, Putin tinha quase 64% dos votos, mais do que suficiente para evitar a segunda volta. O seu mais próximo rival, Gennady Zyuganov, representava pouco mais de 17%, os outros três candidatos estavam muito abaixo dos dez por cento”, segundo a CNN.
Polícia teme confrontos após acusações de fraude
A polícia reforçou fortemente as medidas de segurança no centro da capital russa, para onde está planeado um comício de celebração da vitória de Vladimir Putin nas eleições presidenciais.
A Praça Manejnaia está cercada por grades de ferro e um numeroso cordão de agentes da polícia.
Foram também reforçadas as medidas nos acessos ao edifício da Comissão Eleitoral Central da Rússia, tendo as ruas próximas sido bloqueadas por camiões, autocarros, carros de bombeiros e ambulâncias.
As autoridades policiais receiam que a oposição tente reunir-se junto desse edifício para participar contra as “numerosas fraudes e falsificações” que tem denunciado.
