Quarteira: Foz do Almargem e do Trafal uma serão reserva natural

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“Foi aprovada esta segunda-feira, em reunião da Câmara Municipal de Loulé, a classificação da Reserva Natural Local da Foz do Almargem e do Trafal, um processo lançado em maio de 2021”, referiu a autarquia algarvia em comunicado.

Segundo a Câmara, a classificação desta zona húmida entre Quarteira e Vale do Lobo espelha a preocupação municipal com a “defesa ambiental do seu território e ao combate às alterações climáticas”.

A área classificada, que abrange 135 hectares, é atravessada por duas ribeiras, a ribeira da Fonte Santa ou do Almargem e a ribeira do Carcavai, albergando flora autóctone e servindo como habitat natural de várias espécies animais.

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A autarquia considerou que a classificação agora aprovada é necessária para “definir diversas medidas e ações de adaptação e mitigação climática, nomeadamente, a proteção da biodiversidade” existente nesta zona do litoral da freguesia de Quarteira.

“Esta classificação irá privilegiar a proteção e valorização dos recursos e dos sistemas naturais, salvaguardando a biodiversidade do local bem como a preservação dos valores paisagísticos, culturais e sociais”, justificou o município.

Depois de uma eventual aprovação pela Assembleia Municipal, em data ainda a determinar, será aberto um período de discussão pública, visando a recolha de sugestões sobre a classificação da área protegida, indicou a autarquia.

“Em simultâneo, arranca o procedimento com vista à elaboração de um regulamento de gestão da Reserva Natural Local da Foz do Almargem e do Trafal”, acrescentou a Câmara de Loulé.

O município realçou a importância da zona húmida ao nível da biodiversidade, onde estão presentes, “pelo menos, 214 espécies de flora autóctone, nove habitats naturais, 235 espécies de fauna, 137 espécies de avifauna, das quais 26 estão ameaçadas, e 94 espécies diferentes de insetos”.

A Reserva Local tem também como objetivos o “aprofundamento do conhecimento” para promover a “conservação e ou recuperação dos ecossistemas”. Por outro lado, visa a “promoção dos valores naturais e culturais”, assim como a realização de “práticas educativas e científicas que conduzam a uma maior literacia ambiental e cultura científica”. A “monitorização de espécies e habitats e dos processos hidrológicos, biofísicos, climáticos, geológicos, ecológicos e socioeconómicos” é outro dos objetivos da classificação, sustenta o município.

Por fim, pretende promover o ordenamento do território e o seu usufruto sustentável “ao nível turístico, desportivo e de lazer”, assim como fomentar “o desenvolvimento económico, social e cultural da região, de forma equilibrada e sustentada”.

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