O maior parque subaquático da Europa ficou completo, no passado sábado, com o afundamento do quarto e último navio cedido pela marinha portuguesa, em frente à praia de Alvor. A ideia é formar um recife artificial que atraia turistas e dividendos para a região
O navio hidrográfico “Almeida Carvalho” já está a repousar no fundo do mar, a três milhas da costa de Alvor e a 30 metros de profundidade, numa operação que foi efetuada no último sábado.
Este foi o quarto e último navio desativado da marinha a ser afundado ao largo da praia de Alvor, no âmbito do projeto do parque subaquático Ocean Revival. À semelhança das outras embarcações, o antigo navio foi afundado com recurso a explosivos de recorte.
Este polo de turismo subaquático começou a ganhar forma, em novembro de 2012, com o afundamento de dois navios de guerra em Portimão (o patrulha oceânico “Zambeze” e a corveta “Oliveira do Carmo”). Em junho deste ano foi a vez da fragata “Comandante Hermenegildo Capelo” ir ao fundo e só faltava mesmo afundar o navio oceanográfico “Almeida Carvalho” para completar o projeto do parque subaquático.
Todos os navios foram desmantelados, adaptados e preparados para o turismo de mergulho, tendo sido cedidos de forma gratuita para serem afundados e criarem um recife artificial único.
Apesar de o último afundamento só ter tido lugar este sábado, o parque já está a funcionar e, desde novembro de 2012, que é possível mergulhar junto às embarcações afundadas, tanto em redor como no seu interior.
Rentabilizar potencial para o turismo de mergulho
“Estes navios constituirão roteiros subaquáticos acessíveis a qualquer mergulhador”, salientam os promotores do projeto Ocean Revival, que pretendem tornar Portimão e a região algarvia numa “paragem obrigatória” para o cada vez mais importante nicho do turismo de mergulho, “estimando-se que nos primeiros dez anos sejam atraídos 620 mil mergulhadores e suas famílias”.
Segundo os responsáveis, este parque subaquático vai dinamizar a economia local, “beneficiando das excelentes estruturas de apoio existentes, nomeadamente a hotelaria, o golfe, o autódromo, o porto de cruzeiros ou a marina de Portimão, bem como de um mar tranquilo e ameno”.
Além do melhoramento de algumas infraestruturas locais, a Ocean Revival prevê ainda que a história dos quatro navios afundados seja contada e exposta no Museu de Portimão.
Nesse sentido, as Jornadas Europeias do Património deste ano foram assinaladas em Portimão de forma muito especial, com a inauguração no último dia 20 de setembro do núcleo do parque subaquático Ocean Revival, no Museu de Portimão.
JA