Quatro dias de cinema da América Latina no Cine-Teatro Louletano

ouvir notícia

.

A partir desta quinta-feira e até domingo, o Cine-Teatro Louletano recebe a oitava Mostra de Cinema da América Latina, a qual, depois da estreia no Cinema São Jorge, se estende novamente a Loulé, apresentando algumas das mais recentes propostas cinematográficas do cinema latino-americano.

Da Argentina, pela mão do realizador Iván Fund, vêm, inspiradas na vida e obra de Juan José Saer, três histórias que se sedimentam numa espécie de conto policial disperso: “Toublanc”.

O México está em chamas, mas as personagens de “Minotauro”, de Nicolás Pereda, dormem profundamente. Trata-se de uma peça de câmara incandescente que observa três personagens ao longo de tardes lânguidas, de sonolência, de sonhos. Por seu lado, o jovem cineasta mexicano Pablo Gutiérrez realiza, com “La tierra aún se mueve”, um estudo paisagístico envolvente com imagens digitais coloridas de alto contraste e sons evocativos.

- Publicidade -

Marcela Zamora revisita no seu premiado documentário “Los Ofendidos” memórias difíceis de captura e tortura durante a guerra civil salvadorenha e pessoas que buscam não a vingança mas tão-só a reposição da verdade.

Do Chile chega “El Pacto de Adriana”, outra abordagem documental, da realizadora Lissette Orozco, desta feita sobre os criminosos da ditadura, identidades e ficções, sonhos e pesadelos, e mais uma vez questionando a verdade histórica.

“Alba”, de Ana Cristina Barragán, fala-nos de uma criança de 11 anos e do seu percurso precoce e difícil, desde a sua timidez, o primeiro beijo, as visitas à mãe no hospital, a ternura das tentativas do seu pai Igor em aproximar-se, ao ‘bullying’ na escola – estímulos que marcam o seu caminho para a adolescência e a aceitação de si mesma.

O brasileiro Jonathas de Andrade, por seu lado, brinda-nos com um curto documentário, “O peixe”, em torno de uma vila de pescadores onde existe o ritual de abraçar os peixes na hora de pescar – uma película sobre um rito de passagem, entre afeto, solidariedade e violência.

A fechar esta mostra, da República Dominicana vem “Santa Teresa y Otras Historias”, girando em torno de crimes e abusos cometidos contra mulheres e trabalhadores, numa cidade fictícia, e assumindo-se como uma história moderna, na encruzilhada do melhor cinema de ficção e documental.

O preço para cada sessão é de 3 euros por pessoa. A organização deste evento é da responsabilidade da Casa da América Latina, em parceria com o Cine-Teatro Louletano.

Programa:

Quinta-feira, 25
21h00: “Toublanc”, de Iván Fund (Argentina, 100’)
Sexta-feira, 26
21h00: “Minotauro”, de Nicolás Pereda (México, 56’); “La tierra aún se mueve”, de Pablo Chavarría Gutiérrez (México, 68’)
Sábado, 27
17h00: “Los ofendidos”, de Marcela Zamora (El Salvador, 85’)
21h00: “El pacto de Adriana”, de Lissette Orozco (Chile, 96’)
Domingo, 28
17h00: “Alba”, de Ana Cristina Barragán (Equador, 98’)
21h00: “O peixe”, de Jonathas de Andrade (Brasil, 23’); “Santa Teresa y Otras Historias”, de Nelson Carlo De Los Santos Arias (República Dominicana/México, 65’)

- Publicidade -
spot_imgspot_img

Deixe um comentário

+Notícias

Exclusivos

Deixe um comentário

Por favor digite o seu comentário!
Por favor, digite o seu nome

Este site utiliza o Akismet para reduzir spam. Fica a saber como são processados os dados dos comentários.