Que tesouros “escondem” os museus algarvios?

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Os nativos atribuíam poderes sobrenaturais à estátua ‘Nkisi Nkondi’, oferecida ao museu de Faro, em 1917. Cem anos depois, uma galeria britânica ofereceu 2 milhões de euros por esta peça de arte africana

Quais as peças mais intrigantes e valiosas “escondidas” nos museus da região? Qual a história por trás de cada uma delas? O JORNAL DO ALGARVE mostra aqui as curiosidades, mistérios e segredos dos “tesouros” algarvios que têm despertado mais interesse em todo o mundo. Quase todos estes objetos têm um valor incalculável, tendo já sido rejeitadas ofertas de milhões de euros por alguns eles. Encontrámos desde uma intrigante estátua associada à feitiçaria até um pequeno altar onde se sacrificavam vítimas às divindades, passando por um misterioso vaso da época islâmica que é único no mundo e lajes com a primeira escrita da Península Ibérica que ainda hoje está por decifrar…!

 

NUNO COUTO

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A maioria das pessoas não sabe, mas o Algarve tem vários museus espalhados pela região que acolhem coleções famosas, valiosas e intrigantes, ao lado de outras obras menos conhecidas. Esta semana, o JORNAL DO ALGARVE faz uma viagem no tempo em busca desses verdadeiros “tesouros escondidos” da região, alguns deles criados com fins e intuitos que nos escapam à imaginação.

A primeira paragem é no museu municipal de Faro, onde se destaca a misteriosa peça de arte africana ‘Nkisi Nkondi’, que foi oferecida ao museu, em 1917, pelo coronel João de Sousa Viegas, antigo governador civil de Faro. Este militar esteve na fronteira do Congo, onde recolheu a estátua a que os nativos atribuíam poderes sobrenaturais relacionados com feitiçaria e espiritualidade. A peça intriga ao primeiro olhar, porque está cheia de pregos, lâminas, elementos em ferro e cobre. E dizem que atrai os espíritos maus…!

Em novembro de 2016, a Câmara de Faro chegou a receber uma oferta de 2 milhões de euros por esta peça de arte africana que se encontra na reserva do museu municipal de Faro. A câmara, por unanimidade, rejeitou a proposta, que partiu da galeria britânica Entwistle.

“O valor das peças não é o mais importante”

Em declarações ao JORNAL DO ALGARVE, Marco Lopes, chefe da divisão de cultura e museus da Câmara de Faro, diz que a questão do valor desta e de outras peças do museu não é tabu, mas por “razões de segurança e confidencialidade” devem ser mantidas no recato das instituições museológicas.

“São questões de foro técnico e administrativo que ajudam simbolicamente a atribuir um valor a um bem cultural, e que se tornam imprescindíveis na proteção e na circulação das peças. Mas não é o mais importante na vida dos museus, que centram o seu trabalho em outras funções mais prioritárias”, salienta…

(NOTÍCIA COMPLETA NA ÚLTIMA EDIÇÃO DO JORNAL DO ALGARVE – NAS BANCAS A PARTIR DE 8 DE MARÇO)

Nuno Couto|Jornal do Algarve

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1 COMENTÁRIO

  1. Os velhos normalmente são cépticos e eu em relação a este Museu sou-o ao cubo.
    Sou contra a tanta actividade ,que tem lugar no museu e nada tem a ver com a cultura,Até Boxe,DESCUIDANDO a segurança que o seu espólio exige.
    Sou contra que se faça dele nursery,creche, sucursal de actividades. partidárias s ou fábrica de tempos livres.Enfim.que cada vez seja menos museu e mais auditório municipal
    Quando se divulga amiúde e em pormenor, os valores mais significativos,faltando apenas um cróqui com a sua localização e os próprios responsáveis afirmam–“O valor das peças não é o mais importante”,faz-se transparecer a ideia de excesso de ávontade a brincar com explosivos..
    Mas enfim,são os tempos que correm.

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