Data à parte – Costa gostava de antecipar as eleições de 28 para 14 de setembro -, é a principal diferença entre as propostas de regulamento eleitoral dos dois candidatos às primárias no PS: se no projeto apresentado no domingo por António Costa se sugere que os cadernos eleitorais fiquem fechados já no próximo mês, António José Seguro, que segunda-feira à noite divulgou o seu próprio projeto de regulamento, quer que eles fiquem abertos até uma semana antes do sufrágio.
O secretário-geral do PS, por sua vez, não distingue entre organização e fiscalização do processo eleitoral, como pretende o seu adversário – que, na sua versão, entregaria a primeira a Jorge Coelho e a segunda a António Vitorino. O texto de Seguro refere apenas uma Comissão Eleitoral, composta por três militantes do PS e presidida por uma “personalidade de reconhecido mérito nacional”. Integram ainda a Comissão um representante de cada uma das candidaturas, ainda que sem direito a voto.
As candidaturas, na proposta do líder socialista, terão de ser entregues até 14 de agosto, subscritas por um mínimo de 1000 assinaturas. Os simpatizantes que queiram tomar parte do processo terão de assinar um compromisso individual de concordância com a declaração de princípios do PS e de não filiação noutro partido, bem como autorizar que o seu nome, número de identificação civil, endereço postal e endereçp eletrónico sejam divulgados nos cadernos eleitorais, a que as candidaturas terão acesso.
Mas o processo ainda está em construção: admitem-se sugestões de correção/melhoria/acrescentos entregues até às 18h de quarta-feira, 24 horas antes da reunião da Comissão Política que irá aprovar a versão final.
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