Com o aproximar da época de maior afluência turística na região e o início do período mais propício à ocorrência de incêndios, o Comando Regional de Emergência e Proteção Civil (CREPC), através do Comandante das Operações de Socorro (COS), está a postos para a gestão e operacionalização da Rede Estratégica de Infraestruturas da Proteção Civil.
Disponibilidade, empenho, determinação e coesão, são os compromissos assumidos por todas as mulheres e homens que integram o DECIR-2022 Algarve.
O Dispositivo Especial de Combate a Incêndios Rurais (DECIR), definido para a região em 2022, foi ajustado à evolução da perigosidade das operações dos últimos anos. Com uma organização flexível e diferenciada face à probabilidade e histórico de ocorrências, previsibilidade da intensidade de propagação e suas consequências, bem como o nível necessário de prontidão e mobilização das estruturas, forças e unidades de proteção e socorro, o Sistema de Emergência tem vindo a reforçar, nos últimos seis meses, a resposta para época alta na região.
Financiado pela Administração Central, local e entidades detentoras dos corpos de bombeiros, o DECIR robustece a intervenção operacional em cada um dos 16 concelhos algarvios e distribui meios e recursos dos demais agentes de Proteção Civil, organismos e entidades cooperantes que, direta ou indiretamente, concorrem para a defesa da floresta contra incêndios.
Veículos florestais de combate a incêndios, tanques de apoio ao abastecimento de água, veículos de gestão de meios aéreos, máquinas de rasto, antenas móveis dotadas do Sistema Integrado de Redes de Emergência e Segurança de Portugal (SIRESP), equipas de reconhecimento e avaliação da situação e veículos de planeamento, comando e comunicações encontram-se aptos para socorrer as populações durante os meses de verão.
O CREPC continua a apostar na consolidação das bases temporárias de estacionamento de meios de combate em locais estratégicos para pré-posicionamento e sustentação logística de unidades de reforço imediato. No Algarve, estão operacionais dois centros de meios aéreos (Monchique e Cachopo) e uma base de helicópteros em serviço permanente (Loulé).
A relação de proximidade com as juntas de freguesia, enquanto “parceiros fundamentais” da estrutura de proteção civil e elementos de ligação às comunidades residentes nas áreas mais vulneráveis é outro dos alicerces das operações sazonais, tal como explica ao JA Vítor Vaz Pinto, Comandante Regional do Algarve e Richard Marques, Comandante Operacional Distrital da Proteção Civil. Ambos recordam a importância dos Planos Prévios de Intervençãodesenhados para operações de socorro e resgate nas principais artérias da região (A22, A2 e Aeroporto Internacional de Faro), planos articulados com o Comando Regional.
Nos períodos em que seja declarado, pelo Centro de Coordenação Operacional Nacional, o Estado de Alerta Especial do Sistema Integrado de Operações de Proteção e Socorro (SIOPS) para o DECIR, de nível amarelo ou superior, serão antecipadas as ações de vigilância e fiscalização nas zonas mais vulneráveis.
As Forças Armadas estarão também aptas, recorrendo-se do Aeródromo de Portimão, para a realização de ações de patrulhamento, vigilância e deteção nas áreas com maior risco de incêndio rural.
Nas últimas semanas foram realizadas ações para quem tem a responsabilidade de mobilizar, empenhar e controlar os meios técnicos nos teatros de operações. Neste âmbito foram desenvolvidas jornadas de trabalho, dirigidas aos coordenadores e técnicos dos Serviços Municipais de Proteção Civil, capacitando as autarquias para a escolha assertiva dos equipamentos a mobilizar e contratar, de forma a preparar os operacionais para sustentar logisticamente os meios no terreno.
De 01 de junho a 30 de junho, a região contará com 852 operacionais e 211 veículos (vigilância e combate). Já de 01 de julho a 30 de setembro, o número de recursos disponíveis aumenta para 902 operacionais e 218 veículos.