O reforço e a regulação do transporte rodoviário público nas ligações entre Odeceixe e Santiago do Cacém, incluindo a passagem via Odemira, levou as comunidades intermunicipais do Algarve e Alentejo Litoral a assinarem um protocolo, na semana passada, na Câmara Municipal de Alcácer do Sal, que “vai possibilitar a redução de custos, entre outros benefícios”.
O protocolo, assinado entre a Comunidade Intermunicipal do Algarve (AMAL) e a Comunidade Intermunicipal do Alentejo Litoral (CIMAL), visa assim “contribuir para o aumento do uso de transporte público de passageiros em detrimento do transporte individual, bem como à redução dos custos, nomeadamente através do adequado planeamento e contratualização de redes e serviços”.
Recorde-se que a Comunidade Intermunicipal do Algarve foi pioneira ao lançar recentemente o concurso público para a concessão de serviço público de transporte rodoviário de passageiros no sul do país, num investimento de 85 milhões de euros, que contempla 98 linhas e cerca de 3000 paragens.
A AMAL foi também responsável pela entrada em vigor do programa de redução de preços dos passes para os transportes públicos, contribuindo para “o reforço em 25% no número de utilizadores de transportes públicos”.
Com a entrada em vigor dos novos tarifários, que começou a ser aplicada a 1 de maio, os passes passaram a ter um valor máximo de 40 euros, sendo que, na ferrovia, há casos em que a redução foi de cerca de 80%.
Entretanto, está também prevista uma terceira fase, a arrancar em setembro, com a redução adicional de 20% nos passes escolares, que já eram subsidiados pelos municípios em taxas médias de 50% e vão passar a beneficiar de mais esta redução de 20%.
Outra das apostas da AMAL passa pela introdução de um passe intermodal, tendo já sido aprovada a elaboração do estudo para se decidir o modelo a aplicar.
“O Algarve vai ter mais e melhores transportes.” Esta é a convicção da AMAL, que gere agora o sistema de transportes rodoviários do Algarve, tendo sido a primeira comunidade intermunicipal do país a avançar com a transposição desta diretiva comunitária. “Este processo não representa qualquer custo para as autarquias, uma vez que os custos do serviço estarão todos concentrados no lado dos concorrentes”, sublinha a AMAL.