Opinião de Viegas Gomes
A contestação à prospeção e exploração de petróleo e gás natural no Algarve esta suscitando forte reação entre a população e as instituições representativas da região. Uma manifestação teve lugar em Loulé tendo juntado muitas pessoas, entre as quais o presidente da Câmara Municipal. Presente também a Plataforma Algarve Livre de Petróleo. A contestação passa por um decisão política ou pelo recurso ao poder judicial. Neste âmbito a AMAL já anunciou que vai recorrer a tribunal, tendo em vista parar com a prospeção. Segundo o presidente da Câmara Municipal de Loulé, Vitor Aleixo, está em causa a possível destruição do turismo. Com efeito o turismo algarvio pode em grande parte ser afetado pela propspeção e exploração de petróleo. E neste particular há fazer uma opção clara, optando pelo turismo, que dá que fazer a mais de metade da população, direta ou indiretamente. A problemática nada tem de complicação. O caso mexe sobretudo com a interferência entre os vários elementos. Não há um rede de interacções e de recursos mobilizáveis. Cada qual puxa para o seu lado. Daí o risco em cair na ilusão de se tentar a prospeção e e exploração de petróleo. Há no entanto um grave risco em que o Algarve pode cair. O Algarve deve ser visto como um espaço cujos interesses devem ser defendidos. O Algarve corresponde a um espaço de organização e vida social. Falta no caso uma verdadeira regionalização.
Viegas Gomes